Alimentos

Valor Bruto da Produção agropecuária alimenta inflação para os básicos em 2021

15 jan 2021, 9:48 - atualizado em 15 jan 2021, 9:48
Supermercado Alimentos Arroz
Preços deverão seguir mais altos nos alimentos básicos este ano (Imagem: Agência Brasil/Marcelo Camargo)

As estimativas para o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária para 2021 mostram que o peso sobre o bolso dos brasileiros não será nada desprezível. A inflação de vários alimentos básicos está garantida, se os números se consolidarem.

O VBP, divulgado na quinta (14), calcula a renda do produtor depois da venda de seus produtos. Portanto, a cadeia depois dele vai repassando.

No geral, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vê alta de 10% sobre 2020 – R$ 871,3 bilhões, R$ 580,5 agricultura e R$ 290,8 pecuária -, mas o corte por algumas cadeias já deve assustar.

A Secretaria de Política Agrícola aguarda 17,3% de alta no arroz e 24,4% na soja, os dois itens que balançaram o custo de alimentação o ano passado. Ambos pelas exportações vantajosas, sendo que no caso da oleaginosa a pressão altista foi no óleo, largamente consumido internamente, que sofreu pressão da matéria-prima escassa internamente.

Outro produto considerado popular mas não de consumo de massa, a mandioca, poderá alcançar mais 10,9% no VBP, porém é substituível, como a batata inglesa, cujo cálculo do Mapa alcançará ganhos de 22,1%.

A lista das maiores altas esperadas é completada por milho, 17,7%, e cacau, 14,7%.

As proteínas animais também estão no radar de receita maior para os produtores, porém o governo não divulgou previsões.

Na tabela dos principais setores, soja, milho, café e algodão devem participar com 82,6% da agricultura, enquanto bovinos, frangos e leite 85,9% do faturamento da pecuária.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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