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Valter Outeiro: O pior já ficou para trás?

07 jun 2020, 11:00 - atualizado em 05 jun 2020, 17:41
(Imagem: Freepik/gstudioimagen)

As projeções de mercado costumam ser ineficazes quando se aumenta o prazo diante do maior número de possibilidades existentes para mudança nos parâmetros.

Grosso modo, você tem maior certeza sobre quem vai ganhar o próximo jogo do que o último resultado da temporada.

Se os mercados não tinham motivo razoável para subirem, agora a narrativa está mais do que formada: o pior já ficou para trás.

Na última sexta-feira (5), Deus e o mundo esperavam a piora do mercado de trabalho nos EUA, com aumento da taxa de desemprego de 14,7% para 19,8%.

Às 9h30, o milagre do Departamento de Trabalho dos EUA: criação de 2,5 milhões de vagas, com queda do desemprego para 13,3% em maio.

Soma-se a maquiagem à roupa de estímulos trilionários do BCE durante esta semana e: estamos adequadamente vestidos para seguir o baile.

O que realmente importa

Sobre os denominadores comuns a qualquer bolha, John Kenneth Galbraith aponta a característica singular dos mercados de esquecerem rapidamente tudo.

Ao apresentar os três fatores simultâneos em todas as crises no livro “A Short History of Financial Euphoria”, aponta:

“O primeiro ponto é a extrema brevidade da memória financeira. Como consequência, desastres financeiros são rapidamente esquecidos”

Mais adiante, continua:

MIRE EM AÇÕES POSICIONADAS PARA SUBIR: Este é o momento de ser inteligente sobre seus investimentos. [veja mais]

“A experiência passada, na medida em que faz parte da memória, é descarta como um primitivo refúgio daqueles que não tem o insight para apreciar as incríveis maravilhas do presente”.

Em entrevista à Bloomberg após a divulgação do Relatório de Emprego, surpreso como todo o mercado com os dados, Mohamed El-Erian apontou de forma brilhante “o que importa é o que os mercados veem”.

Quem vai pagar a conta?

O novo colunista do Money Times, Marink Martins, avalia em sua mais recente coluna “In Gold We trust“, o pensamento de Ronald Stoeferle sobre como o ouro pode ser a nova renda fixa da década.

Abordam-se questões como a dependência do mercado de estímulos, cada vez mais ineficazes do lado real, e uma possível formação de bolha: a leitura é agradável e as perguntas no ar, ainda mais.

Em parceria com o Money Times, a Inversa pode ajudar você nesta jornada como investidor com o mais completo time especialistas, como o próprio Marink Martins, sempre atentos a tudo e a todos.

Você pode conferir nossas séries aqui neste link. 

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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