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WeWork e outras empresas de espaços flexíveis avançam no Canadá

01 out 2019, 12:56 - atualizado em 01 out 2019, 12:56
WeWork enfrenta desafios em várias frentes, mas um novo relatório mostra que o modelo de coworking popularizado pela empresa está se expandindo no Canadá (Imagem: SeongJoon Cho/Bloomberg)

Espaços flexíveis para escritórios devem somar mais de 566 mil metros quadrados até dezembro, um aumento de cerca de 300% em relação a 2014, segundo um relatório da CBRE Canadá. Outros 120 mil metros quadrados estão em construção, com a maior parte em Toronto, Vancouver e Montreal.

“Não víamos um novo tipo de inquilino de escritórios emergir com tanta velocidade e domínio desde o ‘boom’ das ponto.com”, disse o vice-presidente da CBRE Canadá, Paul Morassutti, em relatório divulgado na terça-feira.

“A ascensão de operadores de escritórios flexíveis reflete o ritmo em que o trabalho e o local de trabalho estão evoluindo em linha com as novas tecnologias, com a mudança demográfica e um impulso geral à inovação.”

Grandes empresas como a WeWork, oficialmente conhecida como We Co., e IWG lideram o processo, atendendo à demanda de empreendedores, pequenas empresas e outros negócios que procuram aluguéis flexíveis e projetos de escritórios que agradem aos millennials.

As taxas de vacância de escritórios no centro de Toronto caíram para um recorde de 2,3% no terceiro trimestre, o mercado mais aquecido da América do Norte.

A CBRE monitora 10 operadores de espaço flexível, que representam 71% do mercado. A unidade Spaces da IWG é a maior, com 32% do mercado, seguida pela WeWork.

Acordos de peso nesse segmento incluem 16 mil metros quadrados alugados para a WeWork no novo empreendimento da BentallGreenOak, em Vancouver, e um contrato da Spaces, com 24 mil metros quadrados em dois endereços em Toronto.

Os escritórios flexíveis respondem por apenas 1,4% dos 44 milhões de metros quadrados de escritórios no Canadá, ficando atrás dos EUA, de acordo com a CBRE.

Embora a WeWork tenha se expandido rapidamente no Canadá, a empresa com sede em Nova York engavetou uma oferta pública inicial, o que alimenta rumores sobre sua capacidade de captar fundos para impulsionar o crescimento. Além disso, o CEO da empresa renunciou.

Proprietários em Londres e Nova York estão entre os mais expostos a novos problemas na empresa de coworking, mas, no Canadá, os donos de imóveis estão menos preocupados.

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