Internacional

Zona do Euro precisa de estímulo fiscal preventivo ou pode enfrentar baixo crescimento

07 out 2019, 13:04 - atualizado em 07 out 2019, 13:05
Euro Europa União Europeia
Zona do Euro precisa de estímulo fiscal preventivo de países ricos em dinheiro, como Alemanha e Holanda (Imagem: Reuters/Dado Ruvic)

A economia em desaceleração da zona do euro precisa de estímulo fiscal preventivo de países ricos em dinheiro, como Alemanha e Holanda, ou enfrentará um longo período de crescimento baixo, informará a Comissão Europeia aos ministros da zona do euro na próxima semana.

Em um documento de discussão preparado para a próxima reunião de ministros das Finanças dos 19 países do bloco monetário, em Luxemburgo, na quarta-feira, o braço executivo da União Europeia disse que a atividade econômica da zona do euro não vai se recuperar este ano.

O documento, visto pela Reuters, reproduz as palavras ditas em setembro pelo atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que pediu aos governos que ajudem os esforços da política monetária, estimulando o crescimento com a política fiscal.

“O crescimento mais lento e os riscos negativos inerentes à situação atual podem exigir uma abordagem preventiva, e não reativa, da política fiscal”, afirmou a Comissão Europeia.

O documento acrescentou que os governos devem agir agora, porque leva tempo para que as mudanças nas políticas fiscais tenham impacto na economia.

A Comissão dirigiu seu apelo principalmente à Alemanha e à Holanda, geralmente chamados de “países com espaço fiscal”, porque eles têm superávits orçamentários há anos.

No entanto, a chanceler alemã, Angela Merkel, embora tenha reconhecido no mês passado que os governos devem agir para não sobrecarregar o BCE, também resistiu aos apelos para elaborar um pacote de estímulo fiscal para seu país, mesmo que a maior economia da Europa esteja à beira de uma recessão.

O documento mostra ainda que, para estimular o crescimento, uma maior flexibilização da política monetária do BCE seria menos eficaz e teria maiores efeitos colaterais indesejados do que o estímulo fiscal dos governos, que agora seriam mais eficazes do que nos tempos econômicos normais.

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