Tech Times

A democratização da tecnologia colocou o mundo em suas mãos!

12 jun 2023, 10:45 - atualizado em 12 jun 2023, 10:45
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“Quer para o bem, quer para o mal, a democratização do acesso que temos hoje à cultura, informação, educação e tantas outras áreas passa pelo desenvolvimento da tecnologia”, afirma Jonatas Souza (Imagem: Pixabay/ Gerd Altmann)

Se você lê essa coluna e nasceu antes dos anos 2000, vai se familiarizar com algumas coisas que já são um passado até um pouco distante, de pelo menos duas décadas, e que não eram nada fáceis, mas que trazem nostalgia na lembrança.

Lembro-me bem do quão era difícil conseguir algumas coisas que gostávamos ou que queríamos consumir como entretenimento, diversão, conhecimento e conexão com o mundo.

Quantas vezes eu me lembro de ficar debruçado sobre o rádio com uma fita cassete, ligando para minha estação favorita e esperando que a música que eu mais gostava fosse tocada e eu pudesse correr para gravar. Mas tinha que ter sorte para o lado da fita não acabar antes da música e eu precisar virar para o lado B. Era legal, porque cabia o incrível número de 8 músicas!

Talvez a questão que mais te chamava a atenção nem fosse a música, mas um filme novo que você ouviu falar e, de repente, viu um cartaz andando no shopping, que confirmou aquilo e depois de meses de estreia no mundo ele chegaria aqui, talvez já direto para VHS.

E se fosse algo muito esperado, como um Jurassic Park, se você não corresse, a fila de espera da locadora estaria grande e você teria que aguardar ela te ligar, quando chegasse a sua vez. Depois de assistir, vinha sempre o cuidado da mãe falando: “Rebobina a fita, porque eu não quero pagar multa não”.

Calma, nossa coluna não virou de cultura pop ou de nostalgia, mas eu usei esses dois exemplos para ilustrar quanto era difícil, trabalhoso e complexo consumir algum conteúdo no passado. Isso se aplica também ao acesso a informação, estudo, emprego e uma série de coisas.

O que isso tem a ver com tecnologia? A resposta está exatamente no que você pensava, enquanto lia os exemplos. “Nossa, hoje tem Spotify, Deezer. É só procurar”. “Com tanto streaming por aí, eu nem sei por onde começar a assistir. Sair de casa para buscar filme?”

A tecnologia democratizou o acesso a tudo e ampliou as possibilidades de escolha e conhecimento.

Hoje, como já citamos, os streamings de música permitem que você não gaste muito pelo material físico do seu artista favorito, além de não precisar apelar para a famosa pirataria. São serviços baratos para o artista, porque ele não gasta com prensagem, distribuição e consequente encarecimento do material.

O artista só proporciona o arquivo digital e te livra de ter que abrir um espaço gigante em casa para guardar tudo. Fora que você não se restringe ao que a rádio ou TV te oferecem, pensando apenas na própria audiência. Se o algoritmo sabe que você gosta de rock, te sugere uma banda nova do interior da Finlândia com base nos seus gostos e não de estudos em massa da audiência. Ótimo, não?

Democratização digital abre acesso à cultura e educação

Isso no campo da cultura e consumo, mas no campo da educação também há opções de pluralidade como nunca tivemos. A digitalização do estudo não te obriga mais, como era no passado, a gastar um caminhão de dinheiro em uma formação superior.

Cursos vistos como “baratos” não necessariamente são ruins. Tenha a ideia de que a tecnologia permite agora que a faculdade sequer necessite de um espaço físico para te atender. Com ambientes virtuais, você tem acesso aos professores, conteúdo e biblioteca no conforto de casa, e a faculdade economiza em aluguel ou compra de um prédio, locação de áreas, curadoria e distribuição de acervo bibliotecário, estrutura básicas até mesmo como energia, água, valor do metro quadrado da região da qual ela está alocada.

Tudo isso barateia a operação, a ponto de o valor chegar de forma acessível ao aluno que talvez tenha apenas um smartphone. E isso não se aplica apenas ao estudo, mas esse modelo tecnológico que visa baratear a operação para o consumidor final pode ser replicado em qualquer prestação de serviço. A maior frota de táxi do mundo não é dona de nenhum carro, por exemplo!

Isso é benéfico também para você na procura de oportunidades de trabalho. A oferta de vagas pode estar difícil na sua área, mas nada te impede de trabalhar para um país na Europa ou Ásia do conforto do seu home office. Desde que você tenha as competências necessárias para a posição, nada te impede.

Smartphone, hoje, também ajuda no conhecimento, pois a função que menos usamos é a de ligação. Ele se tornou uma janela para o mundo. Hoje você carrega no bolso mais tecnologia, literalmente, do que a embarcada no foguete que levou o homem à Lua.

A democratização da tecnologia trouxe aplicações de idiomas para que você aprenda. Se você quisesse estudar fora do país, iria te fazer gastar um dinheiro absurdo apenas com a mudança, sem colocar no papel custo de vida em outra moeda, além dos gastos com o estudo em si. Hoje não precisa mais disso.

Você estuda no MIT, Harvard, Princeton e muitas outras escolas no conforto da sua casa. Como? Na democratização digital! Parcerias de grandes universidades no mundo criaram plataformas como EDX ou Coursera, por exemplo, que ensinam de forma gratuita a qualquer aluno que queira estudar!

Mas, e se você ainda não tiver como pagar, mesmo um curso online? Os cursos são gratuitos e você paga apenas se quiser o certificado, do contrário pode assistir às aulas sem pagar nada. Se, no fim do curso, decidir pagar para emissão do certificado, os preços variam de R$ 100,00 a R$ 400,00, que é um valor simbólico frente ao que você, com toda a certeza, iria gastar para ir até lá e se manter pelo período do curso.

E por último, mas não menos importante, a democratização a informação. Sei que você lê essa coluna no Money Times, mas também sei que você acessa outros sites. É normal, e louvável, que contrapontos sejam buscados e os lados de uma mesma história sejam ouvidos, para que você tenha sua conclusão no campo da política, saúde, educação, religião e qualquer outra busca que você tenha.

Antigamente, tínhamos apenas a opção que canais de TV filtravam e nos entregavam – e eram dois ou três canais, no máximo. Não estou dizendo que eles agiam de má-fé, ou motivados por algo oculto, mas não tínhamos como checar a fundo ou procurar o outro lado. Hoje há essa possibilidade e elas são quase infinitas.

Quer para o bem, quer para o mal, a democratização do acesso que temos hoje à cultura, informação, educação e tantas outras áreas passa pelo desenvolvimento da tecnologia. A janela que te traz tudo isso, nesse momento da história, é a tela do seu computador ou do seu smartphone, que deixaram de ser apenas um aparelho para o jogo da cobrinha e passaram a te dar a qualidade de consumo de todos esses conteúdos. E com essa telinha, com a evolução da internet como meio de comunicação, você só precisa ter uma conexão e o mundo estará em suas mãos.

A tecnologia proporcionou uma revolução que não tem volta, mas que também não tem mais desculpas. Hoje temos o acesso a tudo, e o filtro que nos levará ao conhecimento está na ponta dos seus dedos. E a democracia é isso também. Pense em algo que você prefere ou quer. Pronto, está em suas mãos!

 

Analista de suporte na Empiricus
Analista de suporte na Empiricus, entusiasta em resolver problemas de TI, desenvolvedor Python e Java e escritor de ficção por hobbie. Possui dois livros publicados e o terceiro em desenvolvimento.
Analista de suporte na Empiricus, entusiasta em resolver problemas de TI, desenvolvedor Python e Java e escritor de ficção por hobbie. Possui dois livros publicados e o terceiro em desenvolvimento.