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A ‘vaca não é louca’. Retirada imediata do embargo chinês à carne será bom teste internacional para Lula

03 mar 2023, 5:55 - atualizado em 03 mar 2023, 5:55
Caso atípico comprovado de vaca louca agora precisa de aval chinês para as exportações serem retomadas (Canva/ Montagem: Isabelle Santos)

O Brasil não teve “vaca louca” perigosa para humanos. A contraprova oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirma que o caso do Pará foi “atípico”.

Os frigoríficos brasileiros amanhecem nesta sexta (3) esperando algum sinal positivo da China quanto ao levantamento do embargo à carne brasileira.

Os produtores de boi também, que estão sem vender, com lotes parados desde segunda-feira retrasada, quando o caso do mal da vaca louca foi publicamente notificado.

Será um bom teste para o governo Lula em tentar fazer Pequim não reproduzir o ocorrido em 3,5 meses, em 2021, quando passou do tempo de liberação e desencadeou prejuízos em série à cadeia da pecuária de corte.

Pelo fuso horário, o governo e a OMSA já comunicaram o país asiático – e a Rússia, que impôs sanções ontem também -, que a contraprova da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) se comprovou “atípica”.

O laboratório de referência canadense deu a notícia no fim de tarde da quinta, mais de 22 horas em Brasília, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a boa notícia.

A China, por acordo com o Brasil, tem as compras paralisadas automaticamente, mesmo antes dos exames oficiais de OMSA.

Mas, em 2021, com dois casos parecidos, surgidos em Minas e Mato Grosso, em bois caducos de pasto – quando a doença se manifesta sem risco, por não ingestão de ração contaminada -, os chineses estenderam a suspensão mais de 2,5 meses após a confirmação negativa do laboratório da OMSA.

A partir desta sexta também passará a valer a interrupção dos embarques para a Rússia, país que anunciou ontem a medida sem respaldo, em flagrante atitude de imposição de barreira não-tarifária. A exemplo de mesma decisão tomada no final de 2021.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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