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Ação da Americanas (AMER3) sai do Ibovespa na mínima histórica, valendo menos que IRB (IRBR3)

20 jan 2023, 18:52 - atualizado em 20 jan 2023, 18:52
BTG
Americanas: Último dia no principal índice da Bolsa brasileira foi marcado por uma forte queda, levando os papéis a mínimas históricas (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A despedida da Americanas (AMER3) no Ibovespa não foi nada amigável. As ações da varejista deixam de fazer parte dos índices da B3 nesta sexta-feira (20), um dia após anunciar que entrou com pedido de recuperação judicial.

Seu último dia no principal índice da Bolsa brasileira foi marcado por uma forte queda, levando os papéis a mínimas históricas.

Com um tombo de 29%, a ação da Americanas, que já chegou a valer mais de R$ 100, fecha cotada a centavos (R$ 0,71). O valor da ação chega a ser menor que a do IRB (IRBR3), que terminou hoje cotado a R$ 1,01.

Razão da derrocada

A saída da Americanas do Ibovespa foi anunciada pela B3 nesta quinta. Pelas regras, uma empresa em recuperação judicial não é elegível para fazer parte de índices da Bolsa.

A Americanas, que está com dívidas que somam R$ 43 bilhões, apresentou pedido imediato de recuperação judicial, após o fracasso das negociações entre acionistas e credores para acertar o valor da injeção de capital na varejista.

A Americanas não saiu só do Ibovespa, mas de todos os índices em que era listada, incluindo IGCX, ICO2, ICON, IBXX, IGCT, IGNM, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL e GPTW.

A retirada das ações do Ibovespa é mais um golpe para a Americanas, uma vez que o fluxo de negociações de seus papéis deve cair, diz Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research.

Penny stock

Ao Money Times, Ferrer já avaliava como provável que a Americanas se tornasse a próxima penny stock da Bolsa, dada a volatilidade do papel.

O analista chegou a mencionar o caso da Oi (OIBR3;OIBR4), que saiu em dezembro da recuperação judicial, concluindo um processo que se estendia por mais de seis anos. Até a Justiça do Rio de Janeiro determinar o encerramento da recuperação judicial da empresa de telecomunicações, as ações enfrentaram forte volatilidade, chegando inclusive a operar abaixo de R$ 1 por diversos pregões seguidos.

As ações do IRB também têm tentado se segurar acima de R$ 1 após mínimas históricas em 2022. Para se enquadrar às normas da B3, a resseguradora anunciou recentemente um grupamento de ações, aprovado pelos acionistas na proporção de 30 para 1 e que será efetivado em 25 de janeiro.

O grupamento pode ser uma saída para a Americanas, caso ela vire penny stock. Ferrer ressalta, no entanto, que a operação não resolveria “todos os problemas operacionais e dúvidas de caráter de imagem” que a companhia passará a enfrentar.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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