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Ação da CBA (CBAV3) já derrapou quase 40% em 2023 e continua pouco atrativa, avalia BBA; entenda

04 abr 2023, 15:04 - atualizado em 04 abr 2023, 15:04
CBA IPO
CBA: Itaú BBA rebaixou a recomendação para “market perform” (Imagem: B3/Divulgação)

As ações da CBA (CBAV3) ainda não estão em bom ponto de “compra”, apesar da forte queda recente, avalia o Itaú BBA.

Os papéis da Companhia Brasileira de Alumínio acumulam desvalorização de 32,8% em 2023, refletindo uma dinâmica menos animadora para os preços do alumínio (o que deve levar a mais resultados fracos por parte da empresa) pela frente.

Nesta terça-feira (4), a CBA voltou a cair acentuadamente na Bolsa, chegando a perdas de 13,84% perto das 14h50.

O BBA rebaixou a recomendação do CBA para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado, equivalente a “neutro”) e também cortou o preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 14 para R$ 9.

Segundo a corretora, a atualização incorpora preços e volumes ligeiramente menores de alumínio, além de um custo de inflação mais persistente que o esperado.

“Projetamos uma leve sobreoferta no mercado global de alumínio em 2023 e esperamos que o prêmio local permaneça sob pressão no Brasil”, afirma o time de análise de Mineração e Siderurgia do BBA, em relatório publicado nesta segunda-feira (3).

Revisão nas estimativas

O BBA revisou para baixo a média estimada de preços de alumínio a cerca de US$ 2.350/tonelada por conta do aumento de oferta em 2023.

As projeções de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da CBA para 2023 também caíram por expectativa de volumes mais fracos que o esperado e performance de custos.

Analistas passaram a considerar um Ebitda de R$ 922 milhões este ano, contra R$ 1,62 bilhão esperado anteriormente. A expectativa para a margem Ebitda caiu 6,6 pontos percentuais, de 17,9% projetados antes para 11,3%.

O BBA também considera um prejuízo líquido de R$ 61 milhões para a CBA em 2023, contra lucro de R$ 319 milhões da projeção anterior.

“Nossas novas projeções para 2023-24 estão 30-45% abaixo das expectativas do mercado, mas esperamos revisões baixistas para as estimativas do consenso”, afirmam os analistas.

“O momentum fraco de resultados levará a cortes de revisões das estimativas do consenso, e vemos catalisadores limitados para uma retomada na performance operacional no curto prazo”, completam.

O BBA projeta uma geração de fluxo de caixa livre negativa de R$ 459 milhões (yield de -10%) para a CBA em 2023. O movimento negativo deve persistir até 2025 devido a iniciativas em andamento, como a retomada do Pot Room 1, modernização das tecnologias e expansão da reciclagem.

Negociada a 7,4 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023, a CBA está com um valuation pouco atrativo, avalia o BBA. A corretora considera justo um múltiplo entre 5,5-6 vezes.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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