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Ação da Oi salta com nova oferta da TIM, Claro e Vivo, apesar de ressalvas de analistas

28 jul 2020, 13:11 - atualizado em 28 jul 2020, 13:11
Museu da Oi OIBR3
Fazendo história: venda da Oi Móvel pode mudar panorama da telefonia no Brasil (Imagem: Divulgação/ Oi)

O que parecia um assunto encerrado – a venda da Oi Móvel para a Highline Brasil -, ganhou um novo episódio que empolga os investidores nesta terça-feira (28). A apresentação de uma nova oferta, por parte da TIM (TIMP3), Claro e Vivo (VIVT4) fez as ações da Oi (OIBR3) dispararem na Bolsa.

Às 12h37, os papéis subiam 8,47% e eram negociados por R$ 1,92. Como a nova proposta das operações brasileira foi anunciada na noite de ontem, as ações da Oi já abriram o pregão em R$ 1,88, uma alta de 6,2% sobre o R$ 1,77 com que fechou o pregão desta segunda-feira (27).

Na mínima da manhã, as ações foram negociadas por R$ 1,84. Até o momento, a máxima é de R$ 1,94 – um salto de 9,6% sobre o fechamento.

É verdade que as demais operadoras de telefonia também estão subindo, o que pode ser um sinal de que o mercado enxerga potenciais ganhos de sinergia e de lucros, caso a área móvel da Oi seja, enfim, repartida entre a Claro, TIM e Vivo.

No mesmo instante, as ações da TIM (TIMP3) subiam 2,61%, negociadas a R$ 14,95, e as preferenciais da Vivo (VIVT4) avançavam 1,91%, para R$ 50,70. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da B3 (B3SA3), recuava 0,38%, para os 104.083 pontos.

Nova ofensiva

A TIM, a Vivo e a Claro, da América Móvil, elevaram para R$ 16,5 bilhões sua oferta conjunta para comprar ativos móveis da Oi, que está em recuperação judicial.

Loja da TIM TIMP3
Oportunidade: TIM seria a operadora que mais ganharia com compra da Oi (Imagem: Facebook/TIM)

A nova oferta surgiu após a Oi anunciar que iniciou negociações exclusivas com outro comprador em potencial, a Highline do Brasil, empresa de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações, da gestora de private equity norte-americana Digital Colony.

A Oi não divulgou o valor da oferta da Highline, mas afirmou que estava acima de R$ 15 bilhões.

Os analistas, contudo, preferem ter cautela. Em um brevíssimo comentário sobre este novo capítulo, Daniel Federle, do Credit Suisse, afirmou que “ainda não está claro, se a Oi pode aceitar novas ofertas. Se aceita, TIM, Vivo e AMX [Claro] se transformariam nos caçadores e elevariam suas chances no leilão. O valor é muito agressivo, tanto para o vendedor, quanto para os compradores”.

(Com informações da Reuters)

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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