Sucroenergia

Açúcar tem espasmo de alta por produção atrapalhada e escoamento complicado no Brasil

25 mar 2020, 15:14 - atualizado em 25 mar 2020, 15:19
Açúcar
Açúcar ensaia certa recuperação com dificuldade de escoamento da safra no Centro-Sul (Imagem: REUTERS/Ajay Verma)

O açúcar está vivendo de alguns pequemos espasmos de recuperação dos preços desde quando rompeu para baixo dos 11 centavos de dólar por libra-peso (caiu dos 15 c/lp em menos de três semanas), juntando petróleo em recuo para mínimas e aversão ao risco. Dia 20, em 10,91 c/lp, voltou.

Encerrou o pregão de hoje (25) na ICE Futures (Nova York), no vencimento de maio, em alta 1,86%, em 11,48 c/lp, como também o barril do Brent em Londres encontrou sustentação (+1,29%, US$ 27,50) na irrigação de recursos que as principais economias mundiais possam ter dos governos.

Não larga a perspectiva que o desbalanço produção-demanda esperado antes da crise global pode ter sido anulado pela recessão vindo e pela maior oferta brasileira – proteção contra o etanol perdendo a competição para a gasolina.

Mas traz um fôlego, nos últimos cindo dias, de acordo com o analista Maurício Muruci, ancorado na “perspectiva de baixa oferta no curto prazo, porque vai ser complicado escoar a produção”.

Fato é que a quarentena imposta exige menor produção e menor ainda movimentação – mesmo considerando a continuidade das operações portuárias – explica o especialista da Safras & Mercado.

A safra oficialmente marca o calendário de abertura em 1º de abril no Centro-Sul (Nordeste está em entressafra até setembro), mas haviam várias usinas programadas para entrarem este mês na moagem.

E antes de que a pandemia entrasse na ordem do dia do brasileiro de maneira contundente, Money Times também havia abordado a possibilidade de que algumas usinas postergassem as operações entre uma e duas semanas, segundo Ricardo Pinto, da RPA Consultoria.

A quarentena permite a fabricação, mas certamente as condições de circulação em uma usina de porte médio (cerca de 2 milhões de toneladas), com 2,5 mil funcionários, torna o trabalho perigoso.

Nova York enxerga tudo isso e vai sustentando o modesto rally do açúcar.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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