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Aéreas precisam de outros US$ 80 bilhões para sobreviver, diz IATA

20 nov 2020, 14:39 - atualizado em 20 nov 2020, 14:39
IATA
O cenário sombrio traçado pela IATA coroa uma semana difícil para as companhias aéreas europeias durante a qual a Norwegian Air Shuttle pediu proteção contra credores (Imagem: Facebook/International Air Transport Association (IATA))

Companhias aéreas globais precisam de outros US$ 80 bilhões em apoio dos governos para enfrentar as perdas crescentes e ajudá-las a superar a nova onda da pandemia de Covid-19, de acordo com o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

“Quanto mais tempo a crise durar, maior será o risco de pedidos de recuperação judicial”, disse Alexandre de Juniac no Paris Air Forum na sexta-feira.

O financiamento será necessário durante os próximos meses e se somaria aos US$ 160 bilhões já concedidos, disse, acrescentando que “as empresas não sobreviverão” sem os novos recursos.

As novas restrições impostas pelos governos para controlar a propagação do coronavírus dificultaram qualquer recuperação esperada das viagens aéreas e levaram a IATA a aumentar a estimativa de perdas aéreas combinadas, disse de Juniac. O número pode se aproximar de US$ 100 bilhões em 2020, acima da previsão anterior de US$ 87 bilhões, disse.

O cenário sombrio traçado pela IATA coroa uma semana difícil para as companhias aéreas europeias durante a qual a Norwegian Air Shuttle pediu proteção contra credores.

A concorrente europeia Air France-KLM também sinalizou que negocia financiamento adicional com seus acionistas dos governos francês e holandês.

A pandemia obrigou companhias aéreas à suspensão das operações e demissões. O mercado transatlântico no qual a Norwegian se especializou foi particularmente afetado devido às restrições de viagens entre os Estados Unidos e a Europa e à política de quarentena do Reino Unido.

“As companhias aéreas estão em modo de sobrevivência”, disse de Juniac. A IATA estima que o tráfego corresponda a 33% dos níveis de 2019 no final deste ano e “esperançosamente” entre 50% e 60% no fim de 2021.

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