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Ágora vê Gol entrando nos eixos e eleva preço-alvo

09 out 2020, 21:48 - atualizado em 10 out 2020, 10:48
Gol GOLL4
Preparando voo: resultados prévios do terceiro trimestre da Gol mostraram sinais positivos, apesar de prejuízo, afirma Ágora (Imagem: Wikimedia Commons)

Mesmo registrando prejuízo no terceiro trimestre, a Gol (GOLL4) dá sinais de recuperação após ser atingida em cheio pelo coronavírus, aponta a Ágora em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (9).

A corretora elevou o preço-alvo da aérea de R$ 24 para R$ 26 ao final de 2021, o que implica valorização de 34%. A recomendação de compra foi reafirmada.

“Os resultados preliminares do terceiro trimestre confirmam que a Gol está reconstruindo sua malha aérea com sucesso e tem liquidez confortável para executar o plano de recuperação”, afirmaram os analistas Victor Mizusaki e Flavia Meireles.

Números

Em setembro de 2020, a empresa teve 290 voos por dia, com picos de 360 voos. Para outubro, o plano é atingir 500 voos, e operar com cerca de 80% da capacidade de 2019 no quarto trimestre.

“O plano da frota de aeronaves fornece a flexibilidade necessária para reduzir ou aumentar a operação, dependendo do ritmo de recuperação da demanda”, disseram.

O fluxo de caixa operacional foi de R$ 1 milhão por dia, bem distante do prejuízo de R$ 6 milhões por dia registrado em agosto. A melhora é reflexo da amortização total de seu empréstimo a prazo de US$ 300 milhões.

Já a liquidez de caixa aumentou para R$ 2,2 bilhões, o que inclui caixa e equivalentes e contas a receber.

Gol GOLL4
Os analistas cortaram as estimativas de receita líquida em 16% para 2020 e 17% para 2021, principalmente devido “às expectativas de uma recuperação mais gradual da demanda” (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A aérea também divulgou o seu Ebitda, que mede o resultado operacional, prévio, com margem de 21%.

“Apesar da queda da margem Ebitda do terceiro trimestre de cerca de 8,7 pontos percentuais., em base anual, a Gol reportou bons resultados, em nossa opinião, uma vez que o setor está gerenciando o negócio em regime de caixa e ainda é muito cedo no ciclo para acelerar aumentos nas passagens aéreas para recuperar as margens”, disseram.

Novas expectativas

Os analistas cortaram as estimativas de receita líquida em 16% para 2020 e 17% para 2021, principalmente devido “às expectativas de uma recuperação mais gradual da demanda”, pontuaram.

Os maiores custos associados à capacidade ociosa da empresa fizeram com que a dupla diminuísse a margem Ebitda em 0,25 ponto percentual para 2020.

O mercado também não se decepcionou com os números da aérea. As ações da empresa fecharam em alta de 3,24%, a R$ 19,11. Já o Ibovespa (IBOV) não conseguiu sustentar a alta e fechou em queda de 0,45%, a 97.483,31 pontos.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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