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Alameda Research, fundada pelo CEO da FTX, deve mais de US$ 370 Mi à falida Voyager Digital

07 jul 2022, 9:04 - atualizado em 07 jul 2022, 10:07
O empréstimo que Alameda tomou de Voyager Digital inclui US$ 75 Mi de um empréstimo sem garantia. (Imagem: Unsplash/Alexander Schimmeck)

Fundada pelo CEO da FTX, o bilionário Sam Bankman-Fried, Alameda Research estendeu uma linha de crédito de US$ 500 milhões à credora cripto Voyager Digital em junho.

Porém, a própria Alameda deve US$ 377 milhões à credora de criptomoedas, segundo o pedido de falência desta companhia, informou o Decrypt.

Esse fato era inesperado. O pedido de falência da Voyager Digital, emitido ontem, gerou uma conclusão precipitada de que a companhia teria pedido falência após levar o calote de US$ 673 milhões do fundo de hedge cripto Three Arrows Capital (3AC).

Em uma página do documento, consta que Alameda Research deve US$ 377 milhões à Voyager Digital, a uma taxa de juros de 1% a 5%. No valor, estão inclusos US$ 75 milhões de um empréstimo sem garantia.

O alto valor do débito coloca a companhia criada pelo CEO da FTX como a segunda maior tomadora de empréstimo da Voyager, atrás somente da Three Arrows Capital, que entrou com pedido de falência na última sexta-feira (1).

3AC foi fortemente afetada pela implosão da rede Terra e suas criptomoedas em maio, perdendo US$ 200 milhões com o colapso. Com isso, a companhia não conseguiu pagar os empréstimos que havia tomado.

Na semana passada, Voyager Digital notificou Three Arrows pela inadimplência de US$ 673 milhões. Dois dias depois, um tribunal das Ilhas Virgens Britânicas – onde 3AC está registrada – ordenou a liquidação do fundo de hedge.

Segundo o Decrypt, isso indica que Three Arrows Capital deveria interromper todas as operações e permitir que o tribunal supervisionasse a venda dos ativos para compensar o saldo que devia a credores, incluindo Voyager Digital.

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CEO da FTX tem grande interesse na Voyager Digital

É importante ressaltar que o CEO da FTX e criador da Alameda Research, Sam Bankman-Fried, tem um grande interesse em ver Voyager Digital bem, sem grandes problemas.

Em um comunicado à imprensa de junho, Alameda e Alameda Ventures – o braço de capital de risco – eram as maiores acionistas individuais da Voyager – com 11,6% de todas as ações.

No final do mês passado, Alameda anunciou haver rendido 4,5 milhões das ações da Voyager Digital, ou seja, devolvido, mas sem receber dinheiro por isso. Na época, as ações valiam US$ 2,6 milhões, momento em que eram negociadas a US$ 0,56.

O acontecimento levou a participação de Alameda na Voyager para 9,49%.

Ontem à tarde, a Bolsa de Valores de Toronto (TSX) suspendeu a negociação da ação da Voyager Digital, que terminou o dia negociada a US$ 0,27.

*Com informações de Decrypt

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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