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Alô, 2024: Itaú BBA recomenda 6 ações para ter na carteira no próximo ano; veja

18 nov 2023, 12:31 - atualizado em 18 nov 2023, 12:31
ações itaú bba
De acordo com o banco, 6 ações do agronegócio devem se destacar em meio ao El Niño, maior custo de frete e safras expressivas de grãos (Imagem: Freepik)

O Itaú BBA publicou nesta semana um relatório sobre as ações que devem se destacar em 2024.

Com isso, nós destacamos os papéis do agronegócio que devem brilhar no próximo ano, com destaque para a Suzano (SUZB3), que está entre as 10 favoritas do banco em todos os setores.

Entre os fatores de atenção que o banco destaca para o setor, estão:

  1. Evolução global do El Niño;
  2. Ritmo de comercialização dos produtores brasileiros;
  3. Paridade do etanol nas bombas;
  4. Exportações de açúcar;
  5. Preços domésticos do diesel;
  6. Preços do frete.

Com a perspectiva de uma expressiva safra de soja e milho, tanto para o Brasil como no mercado internacional, o Itaú prefere 3tentos (TTEN3) do que SLC Agrícola (SLCE3) no curto prazo, dado o forte Ebitda CAGR (taxa de crescimento anual composto) dos próximos 5 anos.

Além disso, o BBA enxerga boas perspectivas para o setor logístico, com altas nos preços do frete devido à oferta restrita como resultado da safra recorde. Neste contexto, o Itaú prefere Rumo (RAIL3) ao invés de Hidrovias do Brasil (HBSA3).

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Já para o setor de açúcar e etanol, o banco projeta preços recordes para a commodity, devido a queda das exportações da Índia, além de outros fatores.

Ainda assim, o Itaú se mantém preocupado quanto aos preços do etanol no curto prazo, já que estão muito próximos dos custos caixa das empresas. Dessa maneira, o banco opta por Raízen (RAIZ4) no lugar de São Martinho (SMTO3) e Adecoagro.

‘Top pick’ no setor de alimentos

No setor de alimentos, o Itaú destaca a JBS (JBSS3) como sua ‘top pick’, em meio ao histórico sólido de alocação de capital e um resiliente FCFE (Fluxo de Caixa do Acionista), apesar dos ventos contrários em 2023 e ainda para 2024.

Depois da tempestade perfeita que sofreu no início de 2023, quando a maioria de suas unidades de negócios enfrentaram condições mais desafiadoras do que antecipado, o banco espera que a maioria de suas divisões se recupere a partir de 2024.

Olhando para o futuro, a potencial listagem nos EUA pode servir como um possível gatilho que desbloqueia valor para a empresa, já que o custo de capital da JBS pode sofrer algumas quedas no futuro próximo.

Assim, entre os temas que o investidor deve monitorar para o setor, estão:

  1. Disponibilidade de gado no Brasil e EUA;
  2. Oferta brasileira de frango;
  3. Colheita de soja e milho na safra 2023/2024;
  4. Possíveis mudanças de impostos no Brasil;
  5. Racionalidade de preços entre os players brasileiros de alimentos em meio à deflação nos custos de insumos.

Ações de Papel & Celulose

De acordo com o banco, o setor de Papel & Celulose conta com importantes impulsionadores no longo prazo, entre eles:

  1. Crescimento populacional e envelhecimento global;
  2. Aumento dos rendimentos disponíveis e ainda baixa penetração na Ásia de recursos ligados ao consumo produtos como lenços de papel;
  3. Ventos favoráveis ​​relacionados com ESG, como plástico descartável substituição

Além disso, espera-se que a celulose de fibra curta continue a ganhar participação em relação à celulose de fibra longa (o que é bom para produtores de celulose da América Latina como a Suzano) por causa dos custos de produção e da tecnologia melhorias.

Recentemente, nós mostramos como a Klabin lucra com o envelhecimento da população.

Dito isso, entre as ações do setor, o Itaú destaca Suzano e Klabin (KLBN11)ainda que a SUZB3 seja a preferência, já que a empresa deve se beneficiar da perspectiva do mercado de celulose mais forte do que o esperado.

Cerca de 90% dos resultados da Suzano são impulsionados por dinâmica da celulose de fibra curta, e a empresa é referência mundial em custos e escala de produção.

Além disso, o projeto Cerrado terá início no 1S24 e provavelmente será incorporado ao portfólio da empresa.

Já a KLBN11 é vista como um nome mais defensivo, dada a exposição da empresa a diversas linhas e negócios como:

  1. Celulose fibra curta, fibra longa e fluff;
  2. Papel kraftliner e papelão;
  3. Caixas de papelão ondulado e sacos industriais.

Fora isso, a empresa tem a capacidade de passar da produção de papel para a produção de embalagens com base na economia.

Entre os pontos que o banco destaca para os investidores ficarem atentos para celulose e papel, estão:

  1. Adições/desligamentos de capacidade;
  2. Demanda da China e Estados Unidos;
  3. Implementações de aumento de preços;
  4. Custos de produção;
  5. Consumo de papel ligado à economia do Brasil.

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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