Economia

Alta do IGP-10 acelera a 1,45% em novembro com peso de commodities, diz FGV

14 nov 2024, 8:51 - atualizado em 14 nov 2024, 8:51
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(Imagem: Getty Images)

A alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou um pouco mais do que o esperado em novembro, a 1,45%, após avançar 1,34% no mês anterior, em resultado puxado pelos preços de commodities aos produtores, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 1,40% na base mensal.

Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 6,07%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 1,88% em novembro, depois de subir 1,66% no mês anterior.

“Apesar da retomada das chuvas em importantes regiões produtoras de alimentos em novembro, o IPA ainda sente os efeitos da seca, sendo os bovinos a principal influência positiva no índice”, disse Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

O avanço no IPA veio na esteira da aceleração dos preços no grupo de Matéria-Primas Brutas, que tiveram alta de 4,69% em novembro, após subirem 3,94% no mês anterior.

Os itens do grupo que mais contribuíram para o resultado foram minério de ferro (1,84% para 7,58%), bovinos (8,36% para 15,20%) e milho em grão (5,89% para 8,24%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, desacelerou, registrando alta de 0,23% no mês, depois de subir 0,53% em outubro.

“Nos preços ao consumidor, refeições em bares e restaurantes registraram movimento de aceleração mais forte em relação ao período anterior, indicando uma dinâmica de maior pressão sobre os serviços”, completou Dias.

No IPC, houve decréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Habitação (1,60% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (0,57% para -0,27%), Despesas Diversas (1,76% para 0,21%), Comunicação (0,30% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,26%).

A passagem aérea foi o item com a variação de maior destaque no IPC, recuando 2,87% em novembro, ante um avanço de 4,24% no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,58% em novembro, depois de uma alta de 0,57% em outubro.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

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reuters@moneytimes.com.br
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