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Yduqs (YDUQ3): Após 4T21 fraco, veja o que esperar de Cogna (COGN3) e Ânima (ANIM3)

16 mar 2022, 15:44 - atualizado em 16 mar 2022, 16:35
Yduqs
Yduqs reportou resultados “fracos” no quarto trimestre de 2021 (Imagem: Facebook Yduqs)

A Yduqs (YDUQ3) reportou resultados “fracos” no quarto trimestre de 2021, afirmou a Ágora Investimentos.

A companhia divulgou na terça-feira (15) um prejuízo líquido de R$ 74,3 milhões no período, uma perda 27,6% menor à reportada no ano anterior, de R$ 102,6 milhões.

“Apesar de considerarmos os resultados um pouco negativos, mantemos uma visão construtiva em relação à empresa, com expectativa positiva para a temporada de captação do primeiro semestre de 2021”, afirmou a XP Investimentos.

No pregão após a divulgação do balanço, por volta das 16h10, as ações despencavam 10,48%.

Desempenho no 4T21 e perspectivas para o 1S22

O lucro líquido ajustado da Yduqs, que somou R$ 2 milhões, veio 96% abaixo das estimativas da XP.

As receitas da companhia aumentaram 9%, impulsionadas pela maturação das vagas de medicina, redução dos descontos obrigatórios e maturação dos polos de educação digital.

“Embora a empresa tenha conseguido manter os custos e despesas sob controle, o ebitda ajustado caiu 3,5% na comparação anual, mesmo considerando que o 4T21 foi muito menos impactado pela pandemia em relação ao 4T20″, afirma a XP.

A Yduqs também divulgou suas primeiras previsões quantitativas para o ciclo de captação no primeiro semestre de 2022.

“Em termos de volumes, a perspectiva é melhor do que o esperado para o EaD, mas praticamente em linha para os cursos presenciais“, reitera a corretora.

Quando se trata de preços, a XP diz que o guidance foi “decepcionante”. Mais especificamente, a empresa orientou um crescimento de mais de 60% na captação da graduação EaD, juntamente com uma recuperação sólida na captação no presencial e um aumento de 20% no segmento premium.

No entanto, os analistas destacam que a companhia espera um ticket médio com queda de 5 a 10% em EaD e de 0-5% no presencial, enquanto o ticket médio deve expandir apenas no segmento premium, em até 5%.

O que esperar das empresas de educação?

A XP espera que as empresas de educação apresentem “resultados neutros”, já que os trimestres pares — especialmente o quarto trimestre — geralmente não possuem eventos significativos, uma vez que os números de captação tendem a ser pequenos ou até inexistentes em alguns segmentos.

Cogna (COGN3)

Para a Cogna (COGN3), os analista projetam resultados negativos. A corretora espera que a receita caia 6% na comparação anual, uma vez que a Kroton — unidade de negócios de ensino superior — passou por uma grande reestruturação e está com número menor de unidades.

Por outro lado, a XP destaca que a Vasta — unidade de negócios de ensino fundamental — recentemente registrou um ACV (valor anual do contrato) de R$ 1 bilhão para o ciclo de 2022, traduzindo-se em um crescimento de receita de 35% em relação ao ciclo de 2021.

“Parte do ACV é reconhecida no primeiro trimestre do ciclo (4T), e assim compensará parcialmente a queda de receita da Kroton”, afirmam.

O ebitda ajustado esperado é de 26,7%, alta de 32,8 p.p., e o lucro líquido ajustado deve vir negativo e fortemente afetado pelas despesas financeiras líquidas, dado o alto endividamento da empresa.

Ânima (ANIM3)

A Ânima (ANIM3) deve reportar resultados neutros no 4T21, com forte crescimento de receita, mas baixa margem ebitda, “típico da empresa no quarto trimestre”, diz a XP.

A corretora espera que as receitas aumentem 116%, devido principalmente à aquisição da Laureate, e um prejuízo líquido ajustado de R$ 99 milhões, devido ao grande montante de dívida que a empresa possui no balanço e alta de taxas de juros.

Ser Educacional (SEER3)

A Ser Educacional (SEER3) é a companhia do setor que deve se registrar melhores resultado sdo último trimestre, segundo a XP. “Esperamos que Ser apresente resultados ligeiramente positivos no 4T21, com forte crescimento de receita e margens um pouco comprimidas”, diz.

Os analistas projetam que as receitas aumentem 14% na comparação anual, impulsionadas por uma forte temporada de captação no 2S21 e por aquisições feitas nos 12 meses anteriores.

Além disso, o lucro líquido ajustado deve ser de R$ 24 milhões nas projeções da corretora, com algum efeito do resultado financeiro, porém com menor alavancagem do setor, “o que mudará no 1T22 com a conclusão da aquisição da FAEL”.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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