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As 5 principais notícias do mercado internacional desta quarta-feira

04 mar 2020, 10:16 - atualizado em 04 mar 2020, 10:16
Mercados Wall Street NYSE
O futuro dos EUA ficou positivo durante a madrugada, depois que os resultados da Super Terça reduziram drasticamente o favoritismo de Sanders como candidato democrata (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

O sul dos EUA é do moderado Joe Biden. O vice-presidente varreu a região na Super Terça-feira, transformando as primárias do Partido Democrata em uma briga direta entre ele e o senador progressista Bernie Sanders.

As notícias tornaram positivo os futuros das ações dos EUA, e ganhos adicionais parecem possíveis à medida que o mercado reavalia o corte de juros emergenciais do Federal Reserve.

O Banco do Canadá deve seguir o pioneirismo do Fed mais tarde, e a rúpia indiana caiu depois que o governador do Banco Central do país disse que viu espaço para novos cortes nas taxas.

A Nordstrom e a HPE devem abrir sob pressão após divulgar resultados fracos na terça-feira, e a Arábia Saudita está pressionando por um corte na produção de petróleo de mais de 1 milhão de barris por dia na reunião desta semana da Opep+.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 4 de março.

1. Afunilou: é Biden vs. Sanders nas primárias Democratas

Joe Biden ressuscitou triunfalmente sua campanha pela indicação presidencial do Partido Democrata, vencendo as primárias em nove dos 14 Estados que realizaram a votação na Super Terça.

No entanto, o ex-vice-presidente não obteve a vitória na joia da Coroa em disputa. Na Califórnia, onde o maior número de delegados estava em jogo, o senador por Vermont Bernie Sanders ficou na dianteira, assim como em outros três Estados, inclusive seu Estado natal.

No geral, os resultados impulsionam Biden – cuja campanha foi considerada morta após desempenhos pífios nas duas primeira primárias em Iowa e New Hampshire. O ex-vice presidente agora está a frente de Sanders na contagem de delegados para a Convenção final do partido pela primeira vez. Biden agora lidera com 397 contra 356 de Sanders.

As campanhas do magnata da mídia Mike Bloomberg e da senadora Elizabeth Warren – que perdeu para Biden em seu estado natal, Massachusetts – ficaram para trás.

2. Ações nos EUA devem subir acentuadamente

O futuro dos EUA ficou positivo durante a madrugada, depois que os resultados da Super Terça reduziram drasticamente o favoritismo de Sanders como candidato democrata contra presidente Donald Trump, do partido Republicano, em novembro. Uma eventual administração Sanders não são favoráveis a Wall Street.

Às 9h05, o contrato futuro do Dow 30 subia 615 pontos ou 2,38%, enquanto o contrato futuro do S&P 500 tinha alta de 2,09% e o contrato Nasdaq 100 ganhava 2,08%.

Em parte, o otimismo é alimentado por uma maior reflexão sobre o corte de juros surpresa – e de emergência – 0,50 ponto percentual do Federal Reserve na terça-feira. As ações foram liquidadas agressivamente após o anúncio e a entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell.

No entanto, muitos analistas concordam com a avaliação de Powell, de que – embora não pudesse parar o próprio vírus – isso proporcionaria um “impulso significativo” para a economia.

Condições financeiras mais frouxas globalmente devem reduzir o risco de empresas viáveis ir ​​à falência devido a problemas essencialmente de curto prazo no fluxo de caixa em decorrência de eventual recessão e até paralisação da economia mundial por causa do vírus.

3. Decisão do Fed inspira outros Bancos Centrais

Espera-se que o Banco do Canadá siga o pioneirismo do Federal Reserve e reduza sua taxa-chave em 50 pontos base em sua reunião de política monetária, depois de mantê-la estável em 1,75% no último ano e meio.

O banco anunciará sua decisão às 13h00 (horário de Brasília). Até a mudança do Fed na terça-feira, as expectativas eram de apenas um corte de 25 pontos-base.

BCE Banco Central Europeu
A medida do Fed colocou um forte foco no Banco Central Europeu, que tem muito menos espaço do que o Fed para flexibilizar sua política monetária (ImagemREUTERS/Kai Pfaffenbach)

Em outros lugares, a autoridade monetária da Índica sinalizou que poderia reduzir ainda mais as taxas de juros para apoiar sua economia, levando a rúpia de volta à sua mínima recorde em relação ao dólar.

A medida do Fed também colocou um forte foco no Banco Central Europeu, que tem muito menos espaço do que o Fed para flexibilizar sua política monetária. Os preços de mercado refletem as expectativas de que ele reduzirá sua taxa de depósito em 10 pontos base em sua reunião na próxima quinta-feira.

No entanto, isso pode não ser suficiente para impedir um estreitamento do diferencial de taxa de juros com os EUA elevando o euro: ele já subiu 2,4% em relação ao dólar na última semana.

4. Nordstrom, queda da HP após resultados fracos

A Hewlett-Packard Enterprise e o varejista Nordstrom devem abrir acentuadamente em queda depois de reportar resultados mais fracos do que o esperado após o fechamento de terça-feira.

As ações da Nordstrom caíram 7,2% no after market – depois de já cair 2,9% ontem – depois de dizer que o lucro por ação caiu cerca de 3% em relação ao ano anterior no quarto trimestre. O mercado esperava um resultado em linha com o de 2018. O mercado não ficou tranquilo com o anúncio de que Erik Nordstrom se tornaria o único CEO da empresa, enquanto seu irmão Pete se tornaria presidente e diretor de marca.

Enquanto isso, a HP caiu 5,8%, após uma queda de 2,3% durante o pregão, após relatar uma queda acentuada nas vendas de servidores nos três meses até dezembro.

5. Arábia Saudita busca corte maciço da Opep+

A Arábia Saudita está pressionando seus aliados dentro e fora da Opep a cortar mais de 1 milhão de barris por dia de seus níveis de produção atuais já reduzidos, o que parece um esforço cada vez mais desesperado para estabilizar o mercado mundial de petróleo.

Opep
O Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da Opep se reúne em Viena na quarta-feira (Imagem:Reuters/Leonhard Foeger)

O Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da Opep se reúne em Viena na quarta-feira, antes de uma reunião de dois dias de ministros que deve assinar alguma forma de restrição adicional de produção para evitar outro excesso de oferta catastrófico. Como sempre, a parte mais difícil das negociações será dividir o ônus desses cortes.

Os contratos futuros de petróleo dos EUA, que se recuperaram das mínimas de US$ 45, subiam 1,48%, a US$ 47,88 por barril, enquanto a referência global Brent tinha ganhos de 1,41%, a US$ 52,59 por barril.

Às 13h30, o governo dos EUA divulgará seu relatório semanal de estoques. O relatório do American Petroleum Institute apontou uma alta de 1,6 milhão de barris em estoques de petróleo na terça-feira, um pouco abaixo das expectativas para uma alta de 2,64 milhões de barris nos dados de EIA de hoje.

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