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Assaí (ASAI3) lança ‘atacadão premium’ em bairros nobres com adega e queijos importados

03 set 2022, 16:23 - atualizado em 05 set 2022, 3:00
Assai
Serão comercializados mais de 9 mil produtos, com destaque para o incremento de queijos, vinhos e azeites.

O Assaí (ASAI3) lançou um novo modelo de atacadão que promete atender tanto aos clientes que buscam preços baixos quanto ao público de alta renda, sem, no entanto, elevar os custos, promete o CEO da marca, Belmiro Gomes, em conversa com jornalistas.

De acordo com o executivo, o volume de vendas será mais que suficiente para compensar os itens adicionais.

Nessa semana, foi inaugurado o primeiro modelo na cidade de São Paulo, na loja convertida do Extra, o Assaí Anhanguera. O local (a unidade do hipermercado que mais vendia) guarda grande expectativa por parte do Assaí.

Com localização privilegiada, o mercado possui 30 mil m2 de área construída, sendo mais de 8,9 mil m2 somente de área de vendas.

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A expectativa do Assaí é de que lojas como a Anhanguera atinjam em 18 meses o triplo do faturamento do outrora Extra

A unidade terá açougue, empório de frios – com uma seleção de embutidos e queijos nacionais e importados, além de serviço de fatiamento e opções em bacalhau e azeitonas a granel — cantinho do churrasco e a seção de vinhos com mais de 400 rótulos, além de uma padaria e uma seção de frango assado.

Além disso, serão comercializados mais de 9 mil produtos, com destaque para o incremento de queijos, vinhos e azeites.

O modelo, no entanto, será restrito para regiões mais nobres, onde a demanda por esses produtos é maior. Segundo Belmiro, hoje o segmento de atacadão é mais aceito por todos os públicos.

A expectativa do Assaí é de que lojas como a Anhanguera atinjam em 18 meses o triplo do faturamento do outrora Extra, hipermercado do GPA (PCAR4) que mais vendia no país. A empresa espera que a loja alcance uma cifra de cerca de R$ 500 milhões em receita por ano.

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A loja Anhanguera será a sexta conversão entregue pela empresa.

Até o fim do ano, o Assaí planeja inaugurar 40 das 70 lojas compradas do GPA no ano passado, e que isso ajude a acelerar o passo para alcançar a meta de atingir receita anual de 100 bilhões de reais em 2024. No segundo trimestre deste ano, essa cifra era de R$ 60 bilhões em termos anualizados.

Ícone de um modelo de atacarejo em expansão e que ganhou ainda mais força durante a pandemia no país, o Assaí continua ganhando participação no mercado de varejo nos últimos meses, disse Gomes, citando dados da consultoria Nielsen.

Analistas aprovaram modelo do Assaí

Para os analistas da XP, que visitaram a nova unidade, o Assaí entregará um aumento de vendas de 3x e margens mais altas nas lojas convertidas, enquanto as novas lojas (orgânicas) também terão a alta devido ao seu melhor resultado na operação de loja.

Os analistas atualizaram o preço-alvo da companhia de R$ 20 para R$ 22, com recomendação de compra.

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Ruben Couto e Eric Huang, do Santander, também saíram com uma visão mais otimista após a visita (Imagem: Assai/Divulgação)

“Esperamos que a atacarejo continue ganhando participação de mercado no segmento de varejo alimentar, à medida que grandes companhias aceleram seus planos de expansão e evoluem o modelo de loja para um sortimento mais completo”, explicam os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday.

Ruben Couto e Eric Huang, do Santander, também saíram com uma visão mais otimista após a visita, – não pela boa aparência da loja visitada, mas pela percepção de que as conversões Extra oferecem alguns riscos construtivos de alta.

“Acreditamos que as próximas conversões podem gerar uma média de R$ 435 milhões/ano/loja, contribuindo para margens Ebitda ainda maiores do que a margem incremental de 1,5 ponto percentual das conversões anteriores, que tiveram vendas médias de R$ 260 milhões/ ano/loja”, calcula.

O banco elevou o preço-alvo da empresa para R$ 24 até o final de 2023, com recomendação outperform.

“Vemos as ações ainda sendo negociadas em um atraente preço sobre o lucro em 2023 de 14,1x, apesar do rali de 42% no acumulado do ano (o IBOV subiu  5,5% no mesmo período), o que vemos como uma avaliação atraente à luz da empresa”, calcula.

Com Reuters

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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