Pecuária de corte

Aumento do próximo boi confinado pode encurtar o tombo esperado de 2020 para 2019

13 ago 2020, 12:09 - atualizado em 13 ago 2020, 12:13
boi
Animais alimentados em curral serão em número maior no último trimestre do ano (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Não há notícias de recuo do preço do boi magro e, pela valorização dos grãos no mercado interno, certamente os insumos seguem salgados, mas já é possível perceber que a intenção de confinamento melhorou com as exportações firmes.

Ainda que o segundo giro tradicionalmente seja maior que o primeiro (nesta época), o aumento esperado este ano, entre outubro e dezembro, pode encurtar o tombo previsto sobre 2019 todo.

Foram entre 5,25 e 5,5 milhões de animais nos dois ciclos de três meses cada – em torno de 5,1 milhões no ano de 2018 -, embora haja muitos confinamentos contínuos.

Na Agrifatto, se trabalha com 15% de alta no segundo giro frente ao primeiro, resultando em 9% a menos que em 2019.

Para a Assocon, com mais de 1,5 mil confinadores, a expectativa era de queda de 18%, em informação do seu presidente, Maurício Velloso, dada na segunda quinzena de julho.

Caio Toledo, consultor em gerenciamento de risco da INTL FC Stone também visualiza mais animais alimentados no curral, contra a primeira leva do ano, mas menor que no mesmo segundo período de 2019, quando a demanda chinesa impulsionou a @ a R$ 240 em São Paulo e influenciou todo o mercado.

A consultoria começa em duas semanas uma pesquisa sobre intenção de confinamento.

Se comprovada a elevação do número de bois confinados a partir do final de setembro, ainda assim não deverá promover uma pressão relevante sobre os preços. Yago Travagini, da Agrifatto, ainda vê que a oferta estará menor que a demanda.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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