Autoridades da Coreia do Sul querem invalidar passaporte de fundador da rede Terra (LUNA)

Procuradores de justiça da Coreia do Sul pediram ao Ministério das Relações Exteriores do país para invalidar o passaporte do fundador da rede Terra (LUNA), Do Kwon, nesta quinta-feira (15), segundo um informe do jornal local Munhwa.

O informe sobre o pedido acontece no dia seguinte à emissão de um mandado de prisão contra Kwon pelo Departamento de Procuradores do Distrito Sul de Seul.

O fundador da rede Terra foi acusado sob a Lei de Mercados de Capital, junto a outras cinco pessoas. Os procuradores também pediram que os passaportes dessas pessoas sejam invalidados – exceto para Nicholas Platias, cofundador de Terraform Labs, que não é cidadão coreano.

Devido ao longo período até que a invalidação dos passaportes aconteça – o jornal local sugere que pode levar até um mês – autoridades continuarão a pressionar Kwon para retornar à Coreia do Sul.

O último paradeiro conhecido de Kwon é Cingapura, para onde se mudou após o colapso da rede Terra e das criptomoedas LUNA e UST. A invalidação do passaporte de Kwon o impossibilitaria de viajar.

Em maio, a stablecoin algorítmica de Terra – TerraUSD (UST) – perdeu a paridade ao dólar, resultando no colapso do ecossistema da rede e na perda de US$ 40 bilhões em poucos dias. Embora Terraform Labs e Luna Foundation Guard tenham tentado retomar a paridade de TerraUSD, eles não obtiveram sucesso.

Coreia do Sul emite mandado de prisão
contra desenvolvedor da criptomoeda Luna

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Fundador de Terra enfrenta outros processos

Desde então, Kwon divulgou planos para tentar reconstruir o ecossistema de Terra, mas ainda está sujeito a processos judiciais de investidores raivosos.

Em uma entrevista em agosto, ele disse não ter sido contatado de nenhuma maneira por investigadores sul-coreanos e que era difícil tomar uma decisão sobre voltar à Coreia do Sul, mas enfatizou que não estava em Cingapura para fugir de investigadores.

O fundador da rede Terra acrescentou que lidar com os processos não era uma questão de estar preparado para enfrentá-los, mas como irá enfrentá-los.

“O que iremos fazer será expor os fatos como os conhecemos. Seremos totalmente honestos e lidaremos com as consequências, quaisquer que sejam elas”, disse.

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