Ibovespa Banco do Brasil (BBAS3): Não são só dividendos bilionários; os porquês de comprar ação que pode saltar 33%
O Banco do Brasil (BBAS3) reportou mais um resultado “positivo” na noite de quarta-feira (9) referente segundo trimestre de 2023 (2T23), avaliam os analistas. Os números vieram em linha com a expectativa do mercado, mostrando a força do balanço para surfar o cenário atual.
“Enquanto os pares freiam, o Banco do Brasil continua crescendo”, afirma a analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma.
Segundo a analista, o bom crescimento da carteira de crédito, além dos ganhos de eficiência, compensaram a fraca expansão da receita de serviços e o aumento da inadimplência. Com isso, o lucro líquido foi de R$ 8,8 bilhões, crescimento anual de 21%.
Por outro lado, Quaresma destaca que a inadimplência cresceu substancialmente, puxada pelas linhas de pessoa física não consignadas, aumento dos descontos no programa Desenrola e reforço da provisão de Americanas (AMER3). Com isso, a despesa de inadimplência cresceu 144% anualmente.
Na análise da Empiricus, o Banco do Brasil ainda colhe os frutos de um posicionamento privilegiado ao agronegócio, além dos esforços de eficiência dos últimos anos. No entanto, com um apetite por crédito maior, pode ser que a inadimplência continue a se deteriorar para a estatal, destonado dos bancos privados.
O Bank of America, por sua vez, diz que, embora os resultados tenham sido poluídos pelos efeitos do Banco Patagonia, Americanas e Previ, há “tendências subjacentes positivas”.
O crescimento mais forte dos empréstimos e maior resiliência do resultado de intermediação financeira (NII) indicam uma melhor geração de receita no futuro, dizem os analistas Mario Pierry e Flavio Yoshida. Enquanto isso, o ponto médio da orientação das provisões sugere contração sequencial até o final do ano.
É hora de comprar Banco do Brasil?
Para os investidores focados em dividendos, o Banco do Brasil é uma ótima opção, afirma Quaresma, da Empiricus. Após divulgar o balanço do segundo trimestre de 2023, o banco, inclusive, aprovou a distribuição de R$ 2,27 bilhões em proventos.
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No entanto, a analista evita a ação para aqueles investidores com objetivo de ganho de capital. Isso porque a rota de maior apetite por crédito e maior inadimplência parece estar ficando mais clara, “embora as mudanças levem bastante tempo para mexer o ponteiro da rentabilidade”, diz.
Já o Bank of America mantém a recomendação de compra para BBAS3, já que o banco está pronto para gerar ganhos sólidos enquanto negocia a 0,8 vezes o preço sobre o valor patrimonial por ação.
Os analistas do BofA indicam preço-alvo de R$ 62 — o que implica uma potencial alta de cerca de 33%, com base no último fechamento (9).
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