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Banco do Brasil (BBAS3): Resultados brilham e animam ações em 2022; preferência do setor?

29 dez 2022, 18:51 - atualizado em 29 dez 2022, 18:51
Banco do Brasil Blockchain
Apesar de ano difícil para estatais, Banco do Brasil encerra 2022 com valorização (Imagem: Agência Senado)

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) fecha 2022 no lado dos vencedores, tendo avançado 33,8% no ano, mesmo com a volatilidade causada pelas eleições gerais.

Entre bancos, o Banco do Brasil despontou como o grande destaque dos resultados nos trimestres recentes, chegando a um lucro líquido de R$ 8,4 bilhões no terceiro trimestre, superando seus pares privados.

Mesmo com a sombra do “risco estatal” pairando sobre o Banco do Brasil, agentes do mercado continuam confiantes com o potencial de entrega da companhia, inclusive em 2023.

Existem ainda temores quanto ao papel do novo governo nos negócios do banco a partir do próximo ano. A falta do próximo nome que irá presidir a companhia (não foi anunciado nesta quinta-feira, 29, mas o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que será uma mulher) também vem mexendo com o mercado. Porém, há quem ainda se apoie nos números fortes apresentados pelas estatais neste ano.

Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, ressalta que as estatais federais ainda devem registrar bons resultados nos próximos trimestres.

De acordo com ele, as decisões tomadas no passado devem continuar influenciando as empresas. Ao mesmo tempo, os setores em que atuam mostram estabilidade para os próximos anos, completa.

Chinchila concorda, no entanto, que o desempenho futuro está suscetível ao novo governo, com a lucratividade das estatais podendo ser impactadas caso haja alterações que se afastem do modelo atual, reduzindo assim a rentabilidade dos investidores.

BBAS3 é compra?

Para a Ativa Investimentos, os fundamentos do Banco do Brasil são sólidos e a ação, penalizada nos últimos meses em razão do aumento dos riscos de governança, está com bem barata.

A exposição da carteira de crédito da instituição ao agronegócio, bem como o elevado índice de cobertura, a baixa inadimplência e as medidas de controle de despesas administrativas são pontos difíceis de se ignorar e reverter no curto prazo, avalia a corretora.

“Sendo assim, entendemos que o valuation se tornou excessivamente descontado, mesmo com o iminente risco político e, por isso, mantemos a recomendação de compra para as ações do banco”, explica.

Para o Inter Research, que recentemente rebaixou a ação para “neutro”, mesmo estando em uma situação mais confortável em termos de governança em relação a décadas passadas, o Banco do Brasil não é totalmente blindado a novos comandos desalinhados aos interesses dos acionistas.

O Inter não ignora o desempenho que a estatal vem mostrando, mas considera que o risco da mudança da Lei das Estatais “é um sinal claro da fragilidade do arcabouço que tentou se construir para proteger o nível de potenciais conflitos de interesse sobre as companhias estatais”.

Para 2023, a preferência do Inter e de outras instituições de análise, como Bank of America e BB Investimentos, é pela ação do Itaú (ITUB4).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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