Política

Barroso indica representantes para acompanhar contenção de Covid-19 em aldeias indígenas

22 jul 2020, 20:46 - atualizado em 22 jul 2020, 20:46
Luis Roberto Barroso
O ministro do STF relata uma ação movida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), designou nesta quarta-feira uma integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e um observador do gabinete dele para acompanhar as discussões entre lideranças indígenas e governo Jair Bolsonaro a respeito de medidas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus nas aldeias.

Barroso determinou que, a partir do próximo encontro, reuniões sejam feitas por meio de plataforma adequada, com imagem e som disponibilizados a todos os participantes.

O ministro do STF relata uma ação movida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e seis partidos políticos pedindo medidas legais imediatas pelo risco real de genocídio da população indígena.

Na recente decisão, Barroso disse que tem “confiança na capacidade de o governo e as comunidades indígenas construírem um consenso”.

“Só governo e comunidade, em conjunto, podem conceber um plano eficaz e exequível. Não queremos repetir a história, queremos mudar a história. Com boa fé, boa vontade e espíritos desarmados, dificuldades são desfeitas e quase tudo é possível”, afirmou.

O ministro do STF já tinha determinado que o governo adotasse uma série de medidas como a criação de barreiras sanitárias para evitar a disseminação da doença.

A associação tinha apontado ao Supremo –após a primeira reunião da Sala de Situação no dia 17 de julho– uma série de dificuldades técnicas que prejudicaram o acompanhamento da reunião, além de argumentar que a metodologia aplicada foi inadequada, que houve excesso de participantes, além de ofensas por parte de autoridades.