Política

Bastidores de Brasília: O papel de Guedes na campanha pela reeleição

03 dez 2021, 16:02 - atualizado em 03 dez 2021, 16:02
Integrantes da equipe econômica admitem que o maior estrago à credibilidade das contas públicas já foi feito com a PEC dos precatórios (Imagem: Washington Costa/ASCOM/ME)

Um dos papéis do ministro da Economia, Paulo Guedes, na campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição será evitar novas agressões ao arcabouço fiscal brasileiro.

Integrantes da equipe econômica admitem que o maior estrago à credibilidade das contas públicas já foi feito com a PEC dos precatórios, mas dizem que o ministro ainda vê como sua missão melhorar a percepção dos agentes financeiros. Essa também é a principal contribuição que a pasta quer dar ao Banco Central no trabalho de conter a inflação.

Ômicron

Embora a PEC dos precatórios resolva boa parte do impasse fiscal de 2022, abrindo caminho para o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 e solucionando a saga do pagamento de decisões judiciais contra a União, a equipe econômica ainda vê riscos de a ala política insistir num decreto de calamidade para lidar com eventuais efeitos da ômicron.

Os impactos da nova variante do coronavírus ainda não estão claros, mas há quem queira gastar bancando um decreto de calamidade fictícia, afirma um integrante da equipe. A Economia ainda diz que um decreto só seria necessário em caso de o país ter que fazer um novo lockdown.

Fora fura-teto

Essa pressão, afirmam as fontes, pode diminuir quando os ministros a favor de furar o teto deixarem o governo para concorrerem às eleições de 2022. Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, Onyx Lorenzoni, do Trabalho, Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, Fabio Faria, Comunicações, e João Roma, Cidadania, têm até abril para sair dos cargos.

Apoio

O plano do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, de se lançar candidato ao governo de São Paulo não tem apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Desagrada o discurso de exilado político que Weintraub vem fazendo, sendo que ele está no exterior representando o Brasil no Banco Mundial com um salário mais que três vezes maior que ministros de estado.

No núcleo de Bolsonaro também há um entendimento de que candidatos mais ideológicos, como é o perfil do ex-ministro, têm um teto de votos, o que também o descredencia para ser o candidato do presidente no maior estado do país.

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