Economia

BB-BI enxerga espaço para melhora dos preços de papel e celulose no médio prazo

10 jan 2019, 10:57 - atualizado em 10 jan 2019, 10:57

Celulose

Por Investing.com – Para o Banco do Brasil (BBAS3) Investimentos (BB-BI), apesar das pressões nos mercados internacionais, ainda existe espaço para melhorias nos preços no médio prazo no setor de papel e celulose. O entendimento é que a demanda segue forte, principalmente com o de tissue e às restrições ambientais na China.

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No entendimento da equipe, no segmento de papel, as margens devem continuar a melhorar, uma vez que os preços internacionais permanecem em níveis elevados e a demanda no mercado doméstico deve responder às melhorias nas perspectivas econômicas.

Para o BB-BI, 2018 foi marcado por diversas mudanças no segmento de P&C, em que, internacionalmente, as discussões sobre a guerra comercial entre EUA e China permaneceram no radar, e internamente, a greve dos caminhoneiros no início do ano e o período eleitoral no 2S18 contribuíram para um ano muito interessante.

O destaque é que mesmo assim, apesar da pressão dos clientes, os preços de celulose continuaram em níveis elevados em relação a 2017, embora perto da estabilidade, como esperado. A demanda, por outro lado, permaneceu forte ao longo do ano, refletindo os fundamentos para o setor.

Os analistas avaliam que no segmento de papel, o cenário foi ainda melhor. Os preços internacionais mantiveram a tendência de alta abrindo espaço para incremento de preços no mercado doméstico; a demanda também subiu, respondendo as melhores perspectivas para a economia brasileira.

Eles chamam atenção para os dados de dezembro, que foram sazonalmente mais fracos devido à temporada festiva e às pressões dos clientes. No mercado internacional, foi observada pressões nos preços de celulose, principalmente na Ásia, refletindo as incertezas em relação à guerra comercial entre EUA e China e o cenário mais pessimista para a economia chinesa.

As exportações brasileiras de celulose caíram 28% m/m (-25% a/a) em dezembro, para 896 kton, como uma estratégia dos fabricantes brasileiros de celulose para manter preços. O dólar médio permaneceu em R$ 3,89, ante R$ 3,78 em novembro, contribuindo para compensar parcialmente os menores volumes vendidos no período.

Outro ponto observado pelo banco foi a melhora do consumo no mercado brasileiro, seguindo os melhores indicadores da economia nacional, e as expectativas positivas para este ano. Segundo a ABPO2, em novembro, as vendas totalizaram 311.287 unidades, melhorando 2,2% a/a. A Associação espera um incremento de 3% nas vendas para 2019, com a melhora dos dados macroeconômicos.

Outro aspecto positivo para o setor diz respeito aos preços do papel no mercado internacional, que continuam em patamares elevados, contribuindo para melhores margens para ambos os negócios, papel e celulose, e para os anúncios de alta de preços internamente.

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