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Biodiesel: concentração de mercado e menor teor é ‘blend’ para aumento de preços, diz Ubrabio

30 nov 2021, 8:52 - atualizado em 30 nov 2021, 9:02
Biodiesel
Diesel com menor adição de mistura de produto sustentável não deve resultar em menores preços (Imagem: Pixabay)

Como se previa quando o foi anunciado o fim dos leilões de biodiesel, foi mantido os 10% na mistura ao diesel. A volta aos 13% foi adiada em simultâneo ao aumento da concentração do mercado.

A decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), poderá não resultar em queda de preços, como argumenta o colegiado ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME) ao entender que os altos preços da soja, maior base do biodiesel, encarece o diesel final.

Donizete Tokarski, diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), diz que menor volume de biodiesel e o poder de compra maior nas mãos de poucos compradores acabarão por encarecer mais.

Ele diz que foi “atitude inadequada do governo, infelizmente”, mas não o surpreendeu.

Ao Money Times, em 4 de novembro, ele já manifestava esse temor, que tira volume de produção das biorrefinarias, que por sua vez também comprarão menos matéria-prima, e com o mercado ficando condicionado ao poder dos grandes compradores.

Com os leilões, havia mais equilíbrio no mercado entre os compradores.

As empresas processadoras carregam um déficit da capacidade produtiva de 6 bilhões de litros, frente aos 12 bilhões que poderiam ser produzidos se os 13% da mistura não tivesse sido reduzidos em março.

Segundo Tokarski, o biodiesel contribui com 0,1% de aumento de janeiro a começo de novembro, contra 9% do diesel.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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