Agronegócio

Boi já enfrenta mais a pressão. Na B3, outubro segue longe dos R$ 164 alcançados antes

17 jul 2019, 17:52 - atualizado em 17 jul 2019, 18:08
Mercado externo da carne é um dos fatores do início do enxugamento da oferta (Imagem: Pixabay)

Com pouco barulho sendo feito no mercado, a @ do boi gordo parece ter engatado uma primeira e começa a segurar as tentativas de oferta mais reducionistas dos frigoríficos. Entre ligeira elevação e estabilidade ficou o físico nesta quarta (17), padrão começado a ser notado no início da semana.

Ainda há espaço para as indústrias não forçarem a alta com compras mais volumosas, diante das escalas dando conta até o final da semana próxima, na maioria dos casos, mas o cenário começa a querer mudar.

A Agrifatto registrou alta de 0,26% em algumas ofertas em São Paulo, dando uma média de R$ 154,36/@. A Scot mostrou estabilidade, entre R$ 153,00 e R$ 155,50 (30 dias).

Animal de pasto praticamente não há mais e de confinamento ainda reservam margem de manobra para os produtores controlarem a entrega.

Há informações de Barretos e Araçatuba que mostram as grandes plantas recebendo os últimos lotes de contratos a termo.

Outro ponto que está no radar é que além de tudo isso podendo estar entrando em jogo, as exportações no início deste mês (49,02 mil toneladas) detectam a possibilidade de uma alta 12% superior a junho, para 125,3 mil toneladas em expectativa.

Ou seja, o escoamento de boi dos frigoríficos aumentou, contrabalançado o fraco desempenho no mercado interno.

No mercado futuro, houve ganhos próximos dos 0,50% nesta quarta, mas o contrato de outubro, que há algumas semanas bateu nos R$ 164,00, ainda não retoma o viés de alta.

Os investidores já começam a enxergar que o fim da entressafra em outubro haverá uma nova leva de boi a termo entrando, além de que as apostas de novos frigoríficos aptos a embarcarem para a China, murcharam.

A famosa lista de 20 ou 25 plantas que os chineses teriam prometido liberar ao Brasil até agora nem pista.

 

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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