Eleições 2018

Bolsonaro está mais próximo da vitória no 1º turno, dizem analistas

02 out 2018, 9:59 - atualizado em 02 out 2018, 10:49

O mercado financeiro amanheceu nesta terça-feira (2) mais animado com a possibilidade de derrota do candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno. O Ibope mostrou que Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 38% a 42% e agora empata com o petista. Além disso, no primeiro turno, o deputado federal avançou de 27% para 31%, enquanto o seu principal concorrente ficou com 21%. Com o crescimento, a diferença entre ele e Haddad passa de 6 pontos percentuais (p.p.) para 10 p.p.

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“Esta pesquisa foi excelente para Bolsonaro. Criou expectativa de vitória no primeiro turno, o que vai animar seus apoiadores e provavelmente esvaziar outros candidatos. Ou seja, tendência é Bolsonaro subir mais e ficar próximo da vitória no primeiro turno, embora isto ainda não seja o mais provável. Se não acontecer, entrará embalado no segundo turno, com ares de favorito”, avalia a LCA Consultores em um relatório.

(Elaboração: LCA)

A consultoria também entende que o crescimento neste momento é também uma ducha de água fria na mobilização anti-Bolsonaro. “As manifestações do sábado foram expressivas. Mas foi só efeito demonstração. No que importa mesmo, a briga pelo voto, parece ter sido inócua. Pior que isso, parece ter sido tiro pela culatra. Pode ter provocado reação do lado mais pró Bolsonaro. A partir desse Ibope, Bolsonaro assume a condição de favorito, situação que será testada todo dia pelas várias pesquisas”, avaliam.

O economista da Guide Investimentos, Victor Cândido, avalia que os números revelam que a onda virou. “Nas últimas duas semanas, o candidato do PSL vinha sofrendo duros ataques da mídia, dos adversários e até mesmo manifestações nas ruas (#EleNão). Muitos começavam a prever que Bolsonaro não iria mais crescer nas pesquisas e que Fernando Haddad poderia empatar com o Capitão ainda no primeiro turno. Mas, os números de ontem mostraram uma invertida”, analisa.

Uma análise da área política XP Investimentos calcula que uma vitória no primeiro turno ainda exige que ele conquiste 70% dos votos depositados nos quatro candidatos “azuis” (Alckmin, Alvaro, Amoedo e Meirelles) ou 55% dos votos deles somados aos de Marina Silva, mostra um relatório.

O Ibovespa iniciou esta terça-feira em forte alta de 2,8%, a 80.806 pontos. O dólar cai 1,67%, a R$ 3,95. “No mercado de câmbio parece estar acontecendo o esvaziamento das posições compradas especulativas, visto ser patente a incapacidade de impulsão do preço da moeda americana além do que foi R$ 4,20, e não conseguiu mostrar sustentabilidade, já que não há fundamento para o movimento que se presenciou desde meados do mês de agosto”, analisa Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo daNGO.

Rejeição

Outro ponto que chamou a atenção dos especialistas foi o expressivo crescimento da taxa de rejeição para Haddad. Enquanto Jair Bolsonaro manteve a rejeição em 44%, o petista atingiu 38%, 11 pontos percentuais acima do observado na pesquisa divulgada em 26 de setembro.

“O aumento acentuado da taxa de rejeição de Haddad para um nível próximo ao de Bolsonaro e o empate numérico na simulação de um segundo turno com esses candidatos reforçam a incerteza muito alta em relação ao resultado da eleição presidencial”, avaliam Leonardo Fonseca e Lucas Vilela do Credit Suisse em uma análise de hoje.

Hoje haverá nova divulgação, desta vez o instituto Datafolha.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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