Combustíveis

BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen lideram metas de CBios para 2021, aponta ANP

29 dez 2020, 17:16 - atualizado em 29 dez 2020, 17:16
Combustível, petróleo
Os créditos são emitidos por produtores de etanol e biodiesel, e as metas projetadas para um horizonte de dez anos avançam gradualmente (Imagem:REUTERS/Jamil Bittar)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou nesta terça-feira as metas preliminares para as compras de créditos de descarbonização (CBios) por distribuidoras de combustíveis em 2021, indicando que a BR Distribuidora (BRDT3) terá o maior objetivo individual entre as empresas do setor para o ano que vem.

A meta total de comercialização de CBios foi mantida em 24,8 milhões de títulos, conforme projetado pelo governo brasileiro em setembro.

Segundo a resolução da ANP, a BR Distribuidora será responsável pela compra de 6,54 milhões de CBios no ano que vem, o equivalente a 26,3% do total. Cada crédito representa uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida.

A Ipiranga, distribuidora que pertence ao grupo Ultrapar (UGPA3), tem a segunda maior meta, de 4,75 milhões de títulos, ou 19,1% do total.

Na sequência, aparece a Raízen Combustíveis, joint venture de Shell e Cosan, que possuirá como objetivo a compra de 4,38 milhões de CBios, equivalentes a 17,6% do total programado.

As demais metas previstas pela ANP têm menor proporção –em quarto lugar está a Alesat Combustíveis, com objetivo de 916,3 mil créditos, ou 3,7% do total.

Os CBios fazem parte do programa RenovaBio, que visa retirar milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera e dar impulso ao setor de biocombustíveis, contribuindo com metas estabelecidas em 2015 pelo Acordo de Paris.

Os créditos são emitidos por produtores de etanol e biodiesel, e as metas projetadas para um horizonte de dez anos avançam gradualmente, ano a ano, até atingirem 90,67 milhões de títulos em 2030, segundo dados governamentais.

Em 2020, as metas inicialmente totalizavam 28,7 milhões de créditos, mas os efeitos da pandemia de coronavírus levaram o governo a reduzi-las pela metade.

A cifra para 2021, com isso, também foi afetada os pouco menos de 25 milhões de títulos que deverão ser comercializados no ano que vem ficam abaixo inclusive da meta inicial aprovada para este ano.