Commodities

Brasil: acordo entre Opep e Rússia contribuirá para estabilizar o mercado

10 abr 2020, 19:40 - atualizado em 10 abr 2020, 19:40
Petróleo
O acordo entre os países produtores de petróleo prevê reduzir a produção mundial em dez milhões de barris por dia (Imagem: Freepik/Kotkoa)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (10) que o acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita, para redução da produção de petróleo, contribuirá para a estabilização dos preços do produto no mercado internacional.

Albuquerque participou, nesta sexta-feira (10), de uma videoconferência entre ministros de energia dos países do G20.

“Espero que o mundo possa superar essa crise, sem precedentes, no mais breve prazo e estou certo de que nós, do setor de energia, temos um papel fundamental para que isso seja possível. Nesse sentido, o Brasil congratula a Arábia Saudita e os países da Opep+ pelo acordo de ontem [9], que contribuirá para a estabilização do mercado de petróleo”, disse.

O acordo entre os países produtores de petróleo prevê reduzir a produção mundial em dez milhões de barris por dia, cerca de 23% da produção total diária, entre maio e junho, e em oito milhões de barris por dia, entre julho e dezembro.

De um lado está a Arábia Saudita, que lidera a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e seus aliados, grupo conhecido como Opep+. De outro, o restante dos países produtores de petróleo, liderados pela Rússia.

Bento Albuquerque
“A Petrobras também reduziu a produção de combustíveis em suas refinarias, em razão da retração dos mercados internacionais”, disse Albuquerque (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A crise provocada pela pandemia de coronavírus desequilibrou um mercado em que a oferta global já estava excedente e a queda na demanda global por combustíveis pressionou para baixo as cotações internacionais do petróleo. Além disso, Rússia e Arábia Saudita travavam uma disputa sobre a produção e os preços do petróleo.

Em março deste ano, o preço do barril chegou a fechar abaixo de US$ 30. No ano passado, a commodity era comercializada entre US$ 60 a US$ 70 o barril.

O encontro de hoje (10) entre os ministros do G20 serviu para discutir os efeitos e as medidas de enfrentamento da pandemia da covid-19 sobre o setor de energia. Durante seu discurso, o ministro Bento Albuquerque disse que o governo brasileiro não tem influência sobre o mercado de petróleo, mas destacou a redução na produção da Petrobras (PETR3; PETR4).

“A empresa, com base em seu plano de negócios, já reduziu sua produção em 200 mil barris de petróleo por dia, o que representa 20% do total das exportações de petróleo do Brasil. A Petrobras também reduziu a produção de combustíveis em suas refinarias, em razão da retração dos mercados internacionais e da queda do consumo interno, em decorrência da covid-19”, disse o ministro.

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