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Cannabis medicinal: Mercado deve movimentar R$ 1 bilhão em 2024, aponta consultoria

07 nov 2023, 10:52 - atualizado em 07 nov 2023, 10:52
cannabis medicinal
Ao todo, mercado regulado da cannabis medicinal atende 430 mil pessoas e tem potencial para geral 328 mil empregos; confira (Foto: FreePik)

O mercado da cannabis medicinal no Brasil atende 430 mil pessoas e movimenta R$ 700 milhões por ano, de acordo com dados da Kaya Mind, que constam no II Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil, desenvolvido pela consultoria

Considerando informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a startup aponta que existem 219 mil pacientes que fazem importação de medicamentos de cannabis no Brasil.

Além disso, outra estimativa mostra que cerca de 97 mil pacientes têm acesso aos medicamentos à base de cannabis nas farmácias e por volta de 114 mil que fazem o tratamento via associações.

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Os pacientes se dividem em mais de 3.671 (66%) municípios pelo país já contam com ao menos um paciente de cannabis medicinal.

De acordo com Maria Eugenia Riscala, cofundadora e CEO da Kaya Mind, o crescimento no número de pacientes ocorre devido à quantidade e qualidade de informações sobre o tema.

“Além da eficácia comprovada cientificamente, quanto mais o assunto é abordado, mais os médicos e pacientes passam a compreender sobre os benefícios dos tratamentos para diversas doenças”, pontua.

Projeções para o mercado da cannabis medicinal

A empresa também faz um levantamento da estimativa do tamanho do mercado nacional do produto, que chegará em R$ 699 milhões em 2023 e deve ultrapassar a marca do R$ 1 bilhão em 2024.

A perspectiva é de que em 2023 o Sistema Único de Saúde (SUS) represente mais de 10% desse mercado, sendo metade dos gastos públicos concentrados no Sudeste.

Atualmente no país, são 1.034 empresas e associações de cannabis medicinal que atuam no Brasil, sendo que se dividem entre empresas de importados, empresas que vendem nas farmácias, associações, clínicas, marketplaces e outros.

O maior grupo de empresas se concentra no primeiro grupo, que atua na facilitação ao acesso e importação de produtos à base de cannabis medicinal, através da RDC 660, somando mais de 500 empresas nesse grupo.

Geração de emprego

De acordo com a Kaya Mind, caso houvesse uma regulamentação que incluísse o uso medicinal, industrial e adulto (recreativo) da planta, haveria potencial para criar 328 mil empregos formais e informais no país. Em quatro anos, o setor geraria R$ 26,1 bilhões à economia brasileira.

Segundo Thiago Dessena Cardoso, cofundador e CIO da Kaya Mind, é um mercado que está em constante crescimento e o capital gerado poderia movimentar a economia do país em bilhões de reais. “Pelos números, podemos observar que o impacto do setor é muito grande. Uma regulamentação mais ampla garantiria que esses valores pudessem ser direcionados para políticas públicas sociais, ambientais, entre outras”, comenta.

Ainda de acordo com o executivo, ainda há pouco apoio e pressão necessárias para a aprovação de novas regulamentações envolvendo a cannabis no Brasil. “Por outro lado, vemos movimentações de países vizinhos querendo entrar ou se desenvolver no mercado da cannabis. O Brasil vem percebendo esses sinais e, eventualmente, deve acabar cedendo às mesmas mudanças”, pontua.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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