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Cansado de perder com small caps? Veja as ações para investir em fevereiro, segundo 12 analistas

04 fev 2022, 20:22 - atualizado em 04 fev 2022, 20:22
B3, Ações, Ibovespa, Mercados
Mercados melhoram perspectivas para Ibovespa. Hora de investir em small caps? (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Janeiro de 2022 colocou uma pontinha de esperança para o investidor, com o Ibovespa (IBOV) disparando 7%. Depois da derrocada da bolsa em 2021, estrangeiros vieram em peso para o Brasil em busca de pechinchas. E como se saíram as small caps, as pequenas e notáveis, nesse cenário?

O Índice Small Cap (SMLL) subiu, porém menos que o Ibovespa (+5,1%). Apesar disso, o BB Investimentos diz que o índice está em rota ascendente.

“Muito provavelmente, os agentes continuarão a recompor seus portfólios ao longo do mês, assim como ocorreu em janeiro – que registrou alta de 2,58%”, coloca.

Ainda segundo o BB, o mercado já precificou alta de 150 pontos-base, para 10,75% a.a., da taxa Selic na reunião de 3 de fevereiro do Copom, com o consenso se mantendo em 11,75% no ano para o final de 2021.

“De outra mão, o risco que preocupa advém da questão geopolítica envolvendo Ucrânia e Rússia e seus desdobramentos”, diz. 

Para o BTG Pactual, mesmo após o forte desempenho de janeiro, os valuations no Brasil continuam muito atrativos, com as ações locais negociadas a 10,5x P/L (preço sobre o lucro) projetado de 12 meses.

No ano passado, as small caps lideraram as perdas, com investidores retirando posição nas companhias para alocar em produtos de renda fixa.

Em janeiro, o SMLL atingiu o menor nível desde junho de 2020, enquanto o MSCI Brazil Small Cap tem performance inferior à do MSCI Brazil em mais de seis pontos percentuais desde o início do ano.

O que esperar de fevereiro?

Na visão da Ágora Investimentos, muito embora o Ibovespa tenha encerrado o primeiro mês do ano com alta de 7%, há riscos que não podem ser ignorados, como inflação pressionada, juros altos, atividade estagnada e eleições presidenciais.

“A demanda está principalmente dirigida para empresas de valor (em detrimento das empresas de crescimento), as quais não são tão afetadas pela alta de juros. Neste quesito, as commodities se encaixam perfeitamente, além de estarem beneficiadas pela alta do preço do petróleo a US$ 90/barril”, argumenta.

Em quais ações investir?

O Money Times consultou 13 carteiras das principais corretoras e bancos do país para levantar as ações mais indicadas do momento.

No total, 68 ativos foram recomendados pelo menos uma vez, entre units, ações preferenciais e ordinárias.

Esse conjunto de papéis somou 103 indicações.

A favorita

A Santos Brasil, com cinco indicações, disparou na liderança. 

De acordo com a Ágora, que indicou a empresa, a Santos Brasil segue como uma das principais recomendações no setor de infraestrutura e ainda possui um preço atrativo para compra. 

“Apesar das preocupações do mercado com a desaceleração econômica no Brasil e com a interrupção da cadeia de suprimentos global, os dados trimestrais e mensais continuam mostrando que a Santos Brasil pode continuar apresentando um sólido crescimento de Ebitda”, argumenta.

Segundo o BTG, a visão mais otimista é apoiada pela melhora do ambiente regulatório e dinâmica competitiva em Santos, possibilitando a retomada dos reajustes de preços, incluindo a já anunciada renovação do contrato com a Maersk, perspectivas favoráveis para o setor portuário/de infraestrutura e balanço sólido.

“Destacamos o momento positivo que a indústria global de transporte de contêineres está passando, impulsionada pela forte recuperação de volumes após interrupções causadas na cadeia de suprimentos pela pandemia”, completa.

Participaram do levantamento: ÁgoraBB InvestimentosBTG PactualNu Invest, EliteGenialGuide InvestimentosItaú BBAMiraeÓramaSantander Terra.

Empresas Ticker Recomendações
Santos Brasil STBP3 5
3R Petroleum RRRP3 4
ABC Brasil ABCB4 3
Aeris AERI3 3
Arezzo ARZZ3 3
Fleury FLRY3 3
Gerdau Met. GOAU4 3
IMC MEAL3 3
Jalles Machado JALL3 3
Minerva BEEF3 3

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimentos

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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