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CBios: Distribuidoras não batem meta e entram 2023 com teto mais baixo, sujeito a novas revisões

12 jan 2023, 10:41 - atualizado em 12 jan 2023, 13:24
Vibra Energia
Vibra Energia, ex-Br Distribuidora, é uma das distribuidoras que ganham com metas menores de CBios (Imagem: Linkedin / Vibra Energia)

As distribuidoras de combustíveis deixaram de comprar 2,3 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios), sem atingirem a meta do RenovaBio para 2022, e já entraram em 2023 com obrigações mais baixas de aquisição dos títulos negociados na B3 (B3SA3).

Em dados que a Única levantou na Bolsa, a parte obrigada no programa de compensação do etanol e biodiesel, contra os combustíveis fósseis, ficou com 33,6 milhões de CBios, enquanto a meta – também revisada para menos ao longo do ano – era de 35,9 milhões.

Em volume disponível de títulos, juntando emissão pelas usinas de etanol (31,74 milhões), mais estoques, a marca de 41,15 milhões superou em 5,4 milhões de CBios.

Para os próximos 12 meses, o total fixado é de 37,5 milhões para as distribuidoras comprarem, acima do teto fixado no ano passado, revisado e não atingido, frisa-se – e abaixo, portanto, dos 42,35 milhões de CBios que originalmente estavam programados antes das revisões baixistas.

A decisão foi do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), determinada em 8 de dezembro, por pressão da Brasilcom, que representa as empresas intermediárias da cadeia de combustíveis.

Destas, quatro detêm 70% do mercado: Vibra Energia (VBBR3), Raízen (RAIZ4), Ipiranga e Alesat, por ordem de tamanho.

Se o mercado de consumo de etanol voltar a ser pressionado, como ocorreu a partir de junho com a maior competitividade dada à gasolina com a queda dos impostos, certamente se aguardam novas reclamações ao CNPE.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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