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China ligou luz amarela para os frigoríficos. Esta semana se verá se acendeu a vermelha

21 out 2022, 11:17 - atualizado em 21 out 2022, 11:33
Carnes, China
Atenções à desaceleração das compras chinesas de carne bovina (Imagem: China REUTERS/Tingshu Wang)

Esta terceira de semana de outubro será importante para o mercado de proteína de boi sentir as condições do principal comprador brasileiro, a China.

Há um sabor no ar de que o país asiático esteja desacelerando as compras em movimento de antecipação da paralisação, que normalmente ocorre na primeira quinzena de dezembro. Os chineses costumam voltar às importações somente após o feriadão do Ano Novo Lunar, no começo de fevereiro.

Como os números de vendas externas caíram mais de 36% na semana passada (35,5 mil toneladas embarcadas), sobre a 1ª do mês, segunda ou terça, quando a Secex divulgar as estatísticas do dia 17 a hoje (21), o cenário ficará mais claro.

O consolidado por países só é divulgado após o fechamento do mês, mas dado o volume que foi visto, poucos duvidam que seja a China retraída.

“A moeda chinesa perdeu valor frente ao dólar, o que encarece as importações, os vários períodos de lockdowns também ajudaram na formação de estoques, daí que percebemos os compradores frios”, diz um executivo de frigorífico.

Ele pede anonimato “absoluto” porque esse movimento tem deixado os atacadistas e varejistas pressionando muito pela queda da carne, e a “maioria de nós já está operando com margens negativas”.

A fonte acrescenta também que nos últimos 10 dias as consultas dos importadores minguaram.

O boi gordo caiu mais um pouco ontem em São Paulo, para a média de R$ 270.

O animal para a China também cedeu os mesmos R$ 5,00 por @, indo a R$ 290.

No mercado futuro, mesmo que somente o Cepea tenha conseguido ver alta do boi na quinta, poucos acreditam, além da correção positiva do contrato de outubro após três quedas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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