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Com nova contratação, província chinesa quer monitorar ainda mais mineração cripto ilegal

16 set 2021, 8:34 - atualizado em 16 set 2021, 8:34
Bandeira China
Após o susto inicial da proibição em maio, alguns mineradores cripto locais voltaram a operar na província, mas de modo secreto (Imagem: Pixabay/SW1994)

Ontem (15), a Comissão de Desenvolvimento e Reforma da Mongólia Interior, região anteriormente central para a mineração cripto na China, disse que contratou uma empresa para ajudar a província a monitorar operações ilegais de mineração de criptomoedas.

A comissão contratou a Inner Mongolia Mengze Engineering Management Limited, uma semana após a empresa ter aberto seu capital ao público.

O objetivo para a Mengze – com um orçamento de US$ 46 mil do governo – é ajudar a autoridade da província a desenvolver uma unidade de inteligência e resposta para continuamente analisar e identificar possíveis operações que estejam secretamente minerando criptomoedas na região.

A contratação da companhia indica um sinal de que a China não irá relaxar suas medidas contra a mineração cripto a longo prazo, mesmo que alguns mineradores de bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) no país tenham retomado as operações – de forma secreta, majoritariamente – agora que marcam três meses desde a proibição inicial.

O que é notável no documento de licitação, divulgado na semana passada, é que o governo da Mongólia Interior está buscando detalhes específicos para descobrir operações de mineração. O documento indica ao menos dez áreas que o governo deseja conhecer melhor, como:

  1. A produção e o desenvolvimento do processo para mineração cripto;
  2. Posições de políticas domésticas e internacionais e ambientação regulatória sobre mineração cripto;
  3. Proposta inicial e vantagens de políticas que a Mongólia Interior deu a empresas de Big Data e de computação em nuvem;
  4. Detalhamento de custo, receita, consumo de energia e taxação de operações de mineração cripto locais;
  5. Detalhamento da distribuição física de operações de mineração cripto locais;
  6. Técnicas para diferenciar operações de mineração cripto de outros projetos de Big Data e computação em nuvem;
  7. Análise de principais hardwares de mineração e detalhamento de seu consumo de energia;
  8. Base jurídica relevante para eliminar operações de mineração cripto;
  9. O impacto de proibir operações de mineração cripto no cumprimento de objetivos de neutralidade de emissão de carbono;
  10. Um mecanismo de resposta regulatória a longo prazo sobre operações de mineração cripto.

Desde que a China informou a proibição da mineração cripto em maio, sete províncias que tinham quantidades notáveis de operações de mineração cripto lançaram medidas relevantes. A província de Hebei é a mais recente a formar uma força-tarefa especial para aumentar os esforços.

Embora a proibição tenha tido um efeito preocupante no início, que resultou no despencamento das taxas de hashes do Bitcoin e da Ethereum, alguns mineradores chineses gradualmente encontraram modos secretos de retomar as operações nos últimos dois meses, à medida que o choque inicial foi “esfriando”.

Porém, com governos provinciais querendo aumentar seus conhecimentos sobre o assunto e melhorar seus mecanismos de resposta, parece que a disputa entre autoridades e mineradores cripto locais ainda dará muito “pano para manga”.

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