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Com onda de protestos em Hong Kong, Adidas quer ficar fora da política para evitar armadilhas

06 nov 2019, 10:24 - atualizado em 06 nov 2019, 10:24
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A empresa alemã vende produtos em mais de 75 mercados, e é muito complicado entrar na política por causa da ampla gama de sistemas políticos (Imagem: Facebook da Adidas)

A Adidas deve se concentrar no esporte, e não na política, quando se trata de lidar com o aumento das tensões mundiais, como os protestos pró-democracia em Hong Kong, disse o CEO da empresa, Kasper Rorsted.

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“Nosso papel é garantir que as pessoas pratiquem esportes, tenham uma vida mais saudável, fornecendo os melhores produtos, seja na China, Estados Unidos, na Dinamarca ou na Alemanha, e essa é a nossa posição sobre isso”, disse Rorsted em entrevista à Bloomberg TV.

A empresa alemã vende produtos em mais de 75 mercados, e é muito complicado entrar na política por causa da ampla gama de sistemas políticos, afirmou.

As empresas ocidentais tentam equilibrar o objetivo de alcançar um crescimento rápido e, ao mesmo tempo, serem vistas como promotoras da justiça social e dos direitos humanos. A Nike foi criticada no mês passado pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que acusou a empresa de “deixar sua consciência social na porta” no que diz respeito à China.

Muita coisa pode estar em jogo. A crise enfrentada na China pela Associação Nacional de Basquete dos EUA, desencadeada pelo gerente-geral do Houston Rockets, que tuitou apoio aos manifestantes de Hong Kong, já causou perdas substanciais à liga, segundo o comissário Adam Silver.

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Daryl Morey deletou o tuíte, mas a China se sentiu ofendida e patrocinadores da NBA no país cortaram relações com a liga.

Marcas de luxo, como Versace e Givenchy, sofreram críticas na China por não se referirem a Hong Kong e Taiwan como parte do território chinês. A Christian Dior foi criticada depois de uma apresentação em uma universidade com um mapa do país que excluía Taiwan.

As vendas da Adidas aumentaram 11% na região da grande China no terceiro trimestre, segundo balanço da empresa divulgado na quarta-feira, que superou as estimativas. A Adidas está produzindo mais no país e sentiu pouco impacto da guerra comercial entre China e EUA.

“A China continua sendo um mercado muito importante para nós também no futuro”, disse Rorsted.

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A Adidas nem sempre seguiu a postura defendida agora por Rorsted. Depois que Donald Trump elogiou a esposa do presidente francês Emmanuel Macron em 2017 por ser bonita e estar “em tão boa forma”, a Reebok, uma marca da empresa, tuitou um fluxograma sobre quando esse tipo de comentário é adequado. A marca foi depois criticada por mostrar mulheres com pouca roupa nos anúncios.

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