Meio Ambiente

COP15 chega a acordo para frear declínio da natureza até 2030

19 dez 2022, 13:07 - atualizado em 19 dez 2022, 13:07
Os delegados conseguiram chegar a um consenso em torno da meta mais ambiciosa do acordo de proteger 30% das terras e mares do mundo até o final da década, uma meta conhecida como 30 por 30 (Imagem: Julian Haber/ONU Biodiversidade/Divulgação via REUTERS)

Uma cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira um acordo global histórico para proteger a natureza e direcionar bilhões de dólares para conservação, mas objeções de importantes nações africanas, que abrigam grandes extensões de floresta tropical, impediram sua aprovação final.

O Marco Global da Biodiversidade Kunming-Montreal, refletindo a liderança conjunta da China e do Canadá, é o culminar de quatro anos de trabalho para criar um acordo que oriente os esforços globais de conservação até 2030.

Os países participantes da conferência sobre biodiversidade COP15, apoiada pela ONU, vinham negociando um texto proposto no domingo e as negociações sobre os pontos mais delicados do acordo se arrastaram até a manhã desta segunda-feira.

Os delegados conseguiram chegar a um consenso em torno da meta mais ambiciosa do acordo de proteger 30% das terras e mares do mundo até o final da década, uma meta conhecida como 30 por 30.

No entanto, as divergências sobre como financiar os esforços de conservação nos países em desenvolvimento levou a intensas negociações até o fim.

Com a China assumindo a presidência da COP15, o ministro da Ecologia e Meio Ambiente chinês, Huang Runqiu, pareceu desconsiderar as objeções da delegação da República Democrática do Congo, declarando o acordo aprovado minutos depois de eles dizerem que não conseguiriam apoiá-lo.

Um representante congolês argumentou que as nações desenvolvidas deveriam fornecer mais recursos para os esforços de conservação da natureza nos países em desenvolvimento.

Huang então agradeceu os comentários mexicanos apoiando o acordo final e declarou que o acordo estava fechado, provocando indignação de outros delegados africanos.

Um representante de Camarões disse por meio de um tradutor que o acordo foi feito à força.

Um representante de Uganda pediu para registrar que Uganda não apoiava o procedimento.

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