Bancos

Credit Suisse lidera queda de ações de bancos europeus

15 mar 2023, 9:13 - atualizado em 15 mar 2023, 9:13
Credit Suisse
Às 8h45 (horário de Brasília), as ações do Credit Suisse desabavam cerca de 20%, puxando o índice bancário europeu para um recuo de mais de 6% (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

As ações de bancos europeus voltaram a ficar sob pressão nesta quarta-feira, com o Credit Suisse caindo para uma nova mínima, à medida que os investidores continuam preocupados com o setor após o colapso do norte-americano Silicon Valley Bank.

Reguladores e executivos de finanças em todo o mundo têm procurado amenizar preocupações de contágio depois que o SVB, especializando no financiamento de empresas iniciantes de tecnologia, e outro banco dos Estados Unidos entraram em colapso na última semana.

Apesar disso, as tensões sobre a saúde de instituições financeiras, especialmente as menores, persistem.

Às 8h45 (horário de Brasília), as ações do Credit Suisse desabavam cerca de 20%, puxando o índice bancário europeu para um recuo de mais de 6%.

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Os rápidos aumentos nas taxas de juros tornaram mais difícil para algumas empresas pagarem os empréstimos que tomaram dos bancos, aumentando as chances de inadimplência em bancos que já estão preocupados com possibilidade de recessão.

No entanto, os formuladores de políticas do Banco Central Europeu ainda estão inclinados a um aumento de meio ponto percentual na taxa de juros na quinta-feira, disse uma fonte à Reuters, já que esperam que a inflação permaneça muito alta nos próximos anos.

Por outro lado, os investidores também começaram a duvidar do compromisso do BCE com outro grande aumento de juros, depois que o colapso do SVB causou choques nos mercados.

Mas a fonte disse que é improvável que o banco central da zona do euro abandone seu plano de elevar as taxas em 50 pontos-base na quinta-feira porque isso prejudicaria sua credibilidade.

Nos EUA, o foco está mudando para a possibilidade de regulamentação mais rígida dos bancos, especialmente os intermediários, como o SVB e o Signature Bank, com sede em Nova York, cujos colapsos desencadearam turbulência no mercado.

“Injetamos alguma estabilidade, mas honestamente não sei se é estabilidade ou aparência de estabilidade, porque certamente não sei o que está ocorrendo nos bastidores da base de depósitos de vários milhares de bancos de pequeno e médio portes nos EUA”, disse John Briggs, chefe global de economia e estratégia de mercados da NatWest Markets.

A agência de classificação de risco Moody’s revisou na terça-feira perspectiva sobre o sistema bancário dos EUA de “estável” para “negativa”, citando riscos elevados para o setor.

Os investidores estavam particularmente preocupados com as enormes participações em títulos, principalmente títulos do Tesouro dos EUA, de credores japoneses, mas o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, disse nesta quarta-feira que as diferenças na estrutura dos depósitos bancários significam que os bancos locais não enfrentarão problemas semelhantes ao SVB.

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