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Crise na FTX e o “efeito cascata”; confira em quem ficar de olho como possíveis afetados (parte 4)

17 nov 2022, 19:31 - atualizado em 17 nov 2022, 19:31
FTX crise contágio
(Imagem: Bloomberg)

A falência de uma das maiores corretoras criptos do mundo assustou diversos players do mercado. Não apenas pela impossibilidade de sacar os ativos da corretora, que permanece até hoje, mas pelo “efeito cascata” que pode causar

Tanto a FTX, como a Alameda Research emprestavam, investiam e tomavam crédito de diferentes segmentos do mercado cripto, e também do tradicional. O grande medo, é que essa quebra da corretora possa “infectar” o restante do mercado.

O Crypto Times, com base em esquema elaborado pela corretora CoinEX, organizou as empresas, instituições e organizações que o “efeito cascata FTX” poderia derrubar. O mapa é baseado em dados do Blockbeats; Reuters e Twitter, compilados por Lvy.

Confira também as outras partes de possíveis afetados:

Primeira parte: “Parceiros da FTX”

Segunda parte: “Acionistas da FTX”

Terceira parte: “Ecossistemas de FTX”

O esquema é separado em seis grupos (acionistas; projetos no ecossistema; parceiros; empresas de investimento; pares e outros) Confira um dos grupos afetados, e seus anúncios sobre o tema:

Empresas de investimento em FTX

Esse grupo trata-se das empresas que investiram, ou receberam investimento atrvaés da FTX, ou ainda da Alameda Research

  • Galaxy Digital

Em sua última reunião (8 de novembro) de resultados trimestrais, a Galaxy Digital – empresa em que seu CEO, Mike Novogratz, tem uma imensa tatuagem de Terra (LUNA) no braço – anunciou uma atualização acerca de sua exposição em FTX.

“Na data deste registro, a Sociedade tem uma exposição de aproximadamente US$ 76,8 milhões em dinheiro e ativos digitais à FTX, dos quais US$ 47,5 milhões estão atualmente em processo de retirada”, comunicou.

A empresa de serviços financeiros blockchain firmou uma parceria recente com Itaú para fazer a gestão do ETF de Bitcoin do banco, o IT Now Bloomberg Galaxy Bitcoin ETF (BITI11).

  • Coin Shares (Digital Asset Investment and Trading Group)

Um dos maiores grupos de negociações de criptoativos também admitiu ter exposição à falida corretora. Conforme anúncio, a exposição representava 11% do valor líquido total de seus ativos.Todavia, a empresa diz ter conseguido reduzir sua exposição geral para US$ 31,5 milhões e acalmou seus investidores acerca de sua “saúde financeira robusta”.

“A CoinShares reduziu significativamente sua exposição ao FTX na semana passada para aproximadamente £ 26,6 milhões”, diz.

  • Multicoin Capital

Conforme anúncio divulgado pelo The Block, a empresa diz possuir 10% dos ativos sob gestão em seu Master Fund que está preso na FTX.

Ademais, o portal de notícias divulga que, na carta, é falado que A Multicoin Capital também tem exposição indireta à situação do FTX.

O motivo é o “efeito contágio” através de suas posições nos tokens Solana (SOL) e Serum (SRM). “A maior posição no Fundo é em SOL”, diz a carta.

Por fim, o braço de Venture Capital da Multicoin também sofre com efeito cascata. O Venture Fund III é um investidor da FTX US (US$ 25 milhões), além de investir também na FTX International (US$ 2 milhões).

  • Pantera Capital

Atualmente, a Pantera não possui fundos ou ativos sob custódia na FTX. A exposição ao FTX estava abaixo de $ 150.000 em 5 de novembro, segundo comunicado.

Na semana passada, a Pantera cortou ainda mais sua exposição, com cerca de 1,6% de AUM em bolsas e corretoras, dos quais pouco menos de $ 100.000 estavam em FTX. Em 8 de novembro, seu FTT foi liquidado.

  • Galois Capital

Kevin Zhou, cofundador do fundo de hedge cripto Galois Capital, escreveu aos investidores que quase metade dos ativos da empresa estavam presos na bolsa FTX, um valor estimado em US$ 100 milhões.

“Só para constar, sim, tínhamos fundos significativos presos no FTX. Não, não usamos nenhum método das Bahamas para transferir fundos”, diz publicação oficial da Galois no Twitter.

  • Mechanism Capital

A Mechanism Capital, uma empresa de capital de risco cripto com uma grande quantia não revelada de fundos na FTX, está explorando opções legais.

Andrew Kang, cofundador e sócio da empresa de capital de risco disse ao The Block que possui uma quantia presa na corretora, e que o valor “não é trivial” e a empresa está explorando opções legais.

A empresa é apoiadora de startups cripto conhecidas – como Nansen, 1inch e Arbitrum – Mechanism é uma das muitas empresas de investimento atualmente incapazes de sacar fundos da FTX, de acordo reportagem do The Block.

“Como o resto do mercado, sofremos um golpe – mas o mais importante para nós é que ainda estamos negociando, avaliando ativamente as oportunidades de investimento e somos capazes de apoiar os fundadores com quem trabalhamos”, disse Kang ao The Block.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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