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CSN: preço da ação já reflete a alta do minério de ferro, diz Ativa

27 nov 2020, 15:36 - atualizado em 27 nov 2020, 15:36
CSN
Pelos cálculos do analista, a CSN deve apresentar um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 9,75 bilhões (Imagem: CSN/Divulgação)

Mesmo que o setor de mineração esteja vivendo um dos seus melhores momentos, a Ativa considera que o preço da ação da CSN (CSNA3) já reflete essa melhora.

A corretora manteve a recomendação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 19,68.

“Embora reconheçamos que a demanda por aço vem apresentando recuperação acima das nossas projeções e que a política de desinvestimentos da empresa pode agregar valor, acreditamos que os padrões de preço atuais já compreendem tal potencial”, afirma Ilan Arbetman, que assina o relatório.

Pelos cálculos do analista, a CSN deve apresentar um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 9,75 bilhões em 2020.

A estimativa considera a oferta global e a resiliência do mercado internacional, sobretudo o chinês.

Em relação ao aço, Arbetman acredita que a rápida recuperação da indústria local, que já opera com capacidade próxima a níveis pré-covid, é um indicativo que a demanda, sobretudo a externa, deve continuar resistente.

Além disso, ele também afirma que o aumento de preços reforça que o poder de barganha está retomando à mão dos produtores.

“Mesmo que as montadoras representem apenas 9% das vendas de siderurgia, acompanhamos com atenção ao reajuste anual de preços que ocorrerá no fim do ano e acreditamos que um acordo entre 35%-40% já esteja atualmente precificado”, afirma.

Riscos

Entre os riscos que o analista elenca, está a possibilidade do IPO da CSN Mineração fracassar. Apesar disso, ele acredita que, por ora, a janela de oportunidades na Bolsa não se encerrou.

Além disso, uma possível desvalorização do minério de ferro também pode prejudicar a empresa, visto que mais da metade do resultado operacional é proveniente da divisão de minério.

A CSN terminou o terceiro trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 871 milhões do ano passado.

A receita líquida apresentou alta de 45% no comparativo anual, com o valor chegando a R$ 8,7 bilhões.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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