Petróleo

Desilusão com flexibilização sanitária na China continua castigando mercados de petróleo

09 nov 2022, 17:07 - atualizado em 09 nov 2022, 17:07
Petróleo
Petróleo tem mais um pregão de recuo, alimentados temores de desaceleração global.

Os contratos futuros de petróleo prolongaram as quedas da véspera, ainda frustrados com a perspectiva de relaxamento das restrições sanitárias em curso na China. Mercados ainda pesam os riscos de uma recessão em larga escala.

Por volta das 16h, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operam em quedas acima de 2%.

Com o resultado do dia, o Brent recua a US$92/barril.

Consumo travado na China e aumento de estoque nos EUA

Os sinais de arrefecimento no consumo de petróleo – e, portanto, da própria atividade econômica — vieram dos dois maiores compradores da commodity, fazendo escorrer pelas mãos o otimismo que contagiava os mercados na última semana.

Nos Estados Unidos, a Administração de Informação em Energia (EIA, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo subiram em quase 4 milhões de barris, superando as expectativas de 1 360 milhão barris.

O acúmulo no inventário da commodity ocorre em um contexto turbulento para a maior economia do mundo,  em que o ciclo de alta de juros do Fed continua a penalizar as perspectivas de crescimento.

As notícias vindas da China também não contribuíram para o humor dos mercados. O país enfrenta o mais severo surto de covid-19 em seis meses, afastando a ideia de que a política de tolerância zero contra a covid-19 estaria com dias contados.

O temor de que uma recessão em escala global esteja a caminho não escapou à fala do diretor executivo da Agência de Energia Internacional, que criticou o corte diário de 2 milhões de barris anunciado pela Opep no mês passado.

Segundo Fatih Birol, que está no Egito para a Cop27, a medida deve acarretar problemas inflacionários para grandes consumidores de petróleo em regiões em desenvolvimento, como na América Latina, África e Ásia.

Petroleiras em queda

A queda  do petróleo puxa consigo as ações das principais petroleiras do mundo.

Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) caiu 1,13%. Em Nova York, às 16h40, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdiam, respectivamente, 4,49% e 3,39%.

No Brasil, a Petrobras (PETR4) cai 1,32%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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