Mercados

Dólar avança a R$ 5,30, maior nível desde o fim de julho, sob temor com juros nos EUA

16 set 2022, 11:03 - atualizado em 16 set 2022, 11:03
Dólar
Dólar avança no exterior e, aqui, chega aos R$ 5,30 em dia de aversão ao risco no exterior antes de decisão do Federal Reserve (Imagem: Pixabay/Sandra-Gabriel)

O dólar à vista opera em alta desde a abertura dos negócios e chegou ao importante patamar de R$ 5,30 – maior nível desde o fim de julho -, em linha com o exterior.

Há pouco, a moeda norte-americana avançava 1% frente ao real, a R$ 5,30. Já o contrato futuro com vencimento em outubro tinha a mesma magnitude de alta, porém, cotado a R$ 5,32.

Lá fora, a aversão ao risco prevalece, e o dólar mantém o viés de força em relação aos seus pares. Com isso, segue acima da paridade ante o euro, enquanto a libra esterlina é negociada no patamar mais baixo desde 1985.

O Dollar Index sobe 0,3%, acima dos 110 pontos. Com isso, caminha para fechar em alta pela quarta semana seguida.

Olho no Fed

O operador da Commcor Corretora, Cleber Alessie, reforça que investidores se preparam para um possível tom mais duro do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na semana que vem e em seus próximos discursos.

“Com cenário de uma inflação mais resistente do que o esperado se desenhando, as expectativas são de um Fed mostrando ainda mais forças contra o aumento de preços, com possibilidade de juros em patamares mais altos por mais tempo”, comenta.

A equipe econômica da Guide Investimentos ressalta que a piora de perspectiva com o crescimento econômico nos Estados Unidos com a manutenção de um Fed duro no combate a inflação eleva a percepção de risco.

As commodities também recuam e pegam em cheio as moedas de países emergentes. Se ontem o real foi a moeda de pior desempenho no mundo, hoje, o rublo russo figura entre as maiores quedas.

Hedge em dólar

Segundo o banco Citi, a valorização recente do dólar é o único “hedge” (proteção) possível para o que sinaliza ser a maior destruição de valor para acionistas desde a crise financeira global, em 2008.

Os mercados acionários globais já perderam US$ 23 trilhões neste ano e, com a relação inversa da moeda norte-americana com ativos de risco, o dólar se mostra como a única alternativa, pelo menos até o fim de 2022.

“O único lugar para se esconder é no dólar americano”, disseram estrategistas do Citi, em relatório.

*Com Bloomberg

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Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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