Ibovespa Com dólar e euro em alta, brasileiros mudam rota das férias e venda de ‘moedas exóticas’ dispara; veja quais
Os brasileiros voltaram a viajar para o exterior com a trégua da pandemia de covid-19 e o fim das restrições. Porém, com a valorização de moedas como o dólar e do euro nos últimos meses, Estados Unidos e Europa cada vez menos entram no roteiro.
Com isso, viajantes mudaram a rota das férias e dos vários feriados prolongados ao longo de 2023, e priorizaram destinos mais próximos ao Brasil. A percepção é que focaram em destinos com moedas desvalorizadas em relação ao real, como a Argentina e o Chile. Ambos têm as moedas mais desvalorizadas em relação a moeda brasileira.
Um levantamento do Travelex Bank mostra um salto nas vendas por moedas consideradas ‘exóticas’. Ou seja, moedas que não sejam comerciais como dólar e euro.
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Procura por ‘moedas exóticas’ cresce em 2023
Na cesta de moedas da Travelex, as ‘exóticas’ mais procuradas são:
- Libra esterlina (GBP)
- Dólar canadense (CAD)
- Dólar australiano (AUD)
- Peso argentino (ARS)
- Peso chileno (CLP)
- Peso mexicano (MXN)
O estudo aponta que a venda dessas divisas cresceu, em média, 7% entre janeiro e agosto deste ano. No período, a moeda norte-americana foi a mais vendida.
Apesar das moedas americana e da zona do euro estarem desvalorizadas do acumulado do ano ante o real, elas seguem cotadas acima de R$ 5,00, nas modalidades comercial e turismo.
No entanto, o head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destaca que o real exibe movimento positivo em 2023. Não apenas exibindo alta em relação ao dólar e ao euro no acumulado do ano, como também frente as principais moedas de países emergentes.
“As moedas emergentes desvalorizaram porque a taxa de juros futura nos Estados Unidos subiu bastante nos últimos meses. Isso gera um fluxo de recursos para aplicar nessas taxas. Por isso, o dólar vem num movimento de alta frente frente a outras moedas”, comenta.
Real salta ante ‘exóticas’
Tal movimento fez com que o real exibisse bom desempenho na comparação com as principais moedas exóticas. De modo que a divisa brasileira exibiu, até agosto, um salto de mais de 60% ante o peso argentino.
“O peso desvalorizou muito por conta da inflação altíssima na Argentina. Além da insegurança quanto a economia e as eleições presidenciais do país”, explica Weigt.
Outra moeda de “um vizinho” do Brasil que exibe forte queda em relação ao real é o peso chileno. Depois dele, vem o dólar australiano.
| Valorização real/outras moedas até agosto-23 | |
|---|---|
| Peso argentino (ARS) | 63,93% |
| Peso chileno (CLP) | 17,56% |
| Dólar australiano (AUD) | 12,56% |
| Dólar canadense (CAD) | 5,41% |
| Libra esterlina (GBP) | 3,13% |
| Peso mexicano (MXN) | 2,17% |
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