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Dólar sobe pelo 4º dia com exterior e Fed, em dia volátil

18 ago 2022, 18:07 - atualizado em 18 ago 2022, 18:07
Mercado Queda Oscilação gráfico
Dólar oscilou forte, nos terrenos negativo e positivo, seguindo exterior com ata e dirigentes do Fed no radar (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

O dólar à vista fechou em alta frente ao real pelo quarto dia seguido, cotado a R$ 5,17 para venda, em pregão de forte volatilidade.

A moeda norte-americana oscilou entre mínimas de R$ 5,12 (queda perto de 0,7%) e máximas de R$ 5,20 (alta de mais de 0,8%). Mas acabou encerrando os negócios com leve valorização perto de 0,2%.

Relendo a ata

Há quem diga que o dólar “andou de lado” calibrando a leitura da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no dia seguinte à sua divulgação. Como também declarações de dirigentes da autoridade monetária. 

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse ser favorável a uma alta da taxa de juros de 0,75 ponto percentual (pp) em setembro, segundo publicou o “Wall Street Journal”. 

Bullard disse ao jornal ver um processo de cerca de 18 meses para levar a inflação de volta à meta de 2% do banco central.

Contudo, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, declarou que a elevação da taxa de juros de 0,50 ou 0,75 ponto percentual (pp) será uma maneira “razoável” de levar os custos dos empréstimos de curto prazo para pouco mais de 3% até o fim do ano. E o aperto pode continuar um pouco mais em 2023.

Ganhando terreno

Lá fora, o Dollar Index atingiu a maior pontuação desde meados de julho, a 107,5 pontos, mostrando que a moeda ganhou terreno ante os pares.

O gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, comenta que a moeda global passou a ganhar força no fim da manhã com dados nos Estados Unidos.

Números na lupa

As vendas de moradias usadas caíram 5,9%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 4,81 milhões de unidades no mês passado, o nível mais baixo desde maio de 2020.

Por outro lado, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu moderadamente na semana passada.

Isso sugere alguma perda de força no mercado de trabalho em meio a taxas de juros mais altas.

“Os números refletem alguma desconfiança [do mercado] sobre uma moderação no ritmo de alta de juros pelo Fed, à medida que a inflação persiste em níveis mais altos”, comenta Esquelbek.

Amanhã

Em dia de agenda econômica mais fraca, investidores devem seguir avaliando números recentes nos Estados Unidos e os sinais do Federal Reserve em relação aos próximos passos da política monetária.

E claro, de olho nas eleições 2022.

*Com Reuters

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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