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E JBS, Marfrig e Minerva nos EUA? Igual aqui, rebanho cai, preço do boi também, mas sobe no varejo

09 set 2021, 10:37 - atualizado em 09 set 2021, 11:01
Boi Carnes Agronegócio Agropecuária
Menos número de bois no Estados Unidos não é suporte para altas, mas, sim, para as carnes no varejo (Imagem: Unsplash/@nighthawkshoots)

Os preços da carne bovina nos Estados Unidos estão elevando as preocupações dos consumidores, que estão comprando menos. É a única explicação para os seguidos e fortes recuos do boi nos mercados físicos e futuros, enquanto, contraditoriamente, o volume disponível de gado encolhe.

O cenário americano, detectado por autoridades e corretoras, pode ser transferido para o Brasil – fora a semelhança de menos boi e cotações em baixa -, pelas operações locais das multinacionais brasileiras e pelas exportações àquele mercado.

JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) contam com grande participação das plantas americanas em suas receitas. E, como a Minerva (BEEF3), exportam do Brasil e de outras unidades estrangeiras.

N spot do físico, as cotações no atacado caíram para menos de US$ 284 cwt (centum weight, unidade de medida), em recuo seguido desde meio de agosto, segundo informe da corretora US Commodities, de Iowa.

No mesmo período, na CME, em Chicago, os futuros desceram no pico de 131,950 centavos de dólar por libra-peso para 123 c/lp desta quinta (9).

Em plena retomada da economia e com o Federal Reserve (FED) sem adotar medidas monetárias contra a inflação, o que se nota, de acordo com a trading, é que o enxugamento do rebanho não reproduz melhora nos preços como deveria acontecer pela oferta menor.

“Desde maio, quando caiu 7%, as colocações em confinamentos não param de recuar, de acordo com os últimos dados do USDA. Os dados sinalizam que haverá menos gado disponível para abate no final deste ano e no início de 2022”, completa o presidente da US Commodities, Don Roose.

Na quarta, para completar, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Visack, se disse preocupado com o aumento da menor oferta de matéria-prima e o impacto nos preços finais da carne, após a forte onda de calor nos estados produtores do Meio-Oeste e Oeste.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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