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Em meio a temor de uma possível recessão, Google (GOGL34) anuncia redução de contratações

15 jul 2022, 14:53 - atualizado em 15 jul 2022, 14:53
Google
Google anuncia que vai frear as contratações para 2022, devido à temor de uma recessão nos EUA (Imagem: Shutterstock/JHVEPhoto?)

O Google (GOGL34), da Alphabet, anunciou redução nas contratações pelo restante deste ano, diante de um cenário propenso a uma recessão econômica nos Estados Unidos.

O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Sundar Pichai, por meio um e-mail enviado aos funcionários.

Segundo cópia do e-mail visto pela Bloomberg News, Pichai disse que a empresa concentrará as contratações em “engenharia, técnicos e outras funções críticas” em 2022 e 2023.

O e-mail, divulgado pela Bloomberg, inicia com agradecimentos aos funcionários, um pouco antes de dizer que as perspectivas econômicas globais incertas têm sido uma das principais preocupações da empresa.

Após isso, vem o anúncio de que, devido ao progresso de contratação alcançado até agora, estarão diminuindo o ritmo de contratação para o resto do ano, enquanto ainda apoiam as oportunidades mais importantes.

Mais adiante, o CEO diz que precisam ser “mais empreendedores, trabalhando com maior urgência, foco mais nítido e mais fome do que mostramos em dias mais ensolarados”.

“Em alguns casos, isso significa consolidar onde os investimentos se sobrepõem e simplificar os processos. Em outros casos, isso significa pausar o desenvolvimento e redistribuir recursos para áreas de maior prioridade”, diz o comunicado.

Ao longo da história, o Google permaneceu relativamente imune às desacelerações econômicas no setor de tecnologia e, em março, empregava quase 164.000 pessoas.

Além do Google

O CEO do Google não está sozinho na decisão de frear as contratações, seguindo movimentos de outras empresas de tecnologia, como Snap e Lyft, que em maio também anunciaram desaceleração.

A Microsoft (MSFT34) também anunciou que fechará algumas posições e a Tesla (TSLA), empresa de Elon Musk, passou por uma rodada de demissões.

Possível recessão nos EUA

A razão do temor do Google é o cenário de uma possível recessão que vem sendo gerada pela alta da inflação, queda dos gastos com serviços pelos consumidores e mercado de trabalho.

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) surpreendeu negativamente o mercado, na última quarta-feira (13). A inflação anual avançou 9,1% – maior nível desde novembro de 1981.

Neste cenário, Economistas do Bank of America (BofA) preveem uma “recessão leve este ano” nos EUA, com gastos com serviços em queda e inflação alta que leva os consumidores a recuar.

O BofA se une ao Wells Fargo e à Nomura na expectativa de recessão já em 2022. Economistas do Deutsche Bank, um dos primeiros grandes bancos a prever uma contração, esperam uma a partir de meados de 2023.

Os economistas do BofA esperam que o PIB dos EUA no quarto trimestre caia 1,4% em relação ao ano anterior, seguido por um aumento de 1% em 2023.

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Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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