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Mongólia Interior da China quer fechar fazendas de mineração cripto 

01 mar 2021, 12:40 - atualizado em 01 mar 2021, 12:41
A região norte da China está indo contra a inovação, querendo proibir a mineração de criptomoedas (Imagem: Facebook/VBit Tech)

O governo da Região Autônoma da Mongólia Interior da China está fazendo uma consulta pública sobre uma proposta de regulamentação, a qual inclui planos para fechar todas as fazendas de mineração cripto na região.

Na semana passada, a Comissão de Desenvolvimento e Reforma (DRC, na sigla em inglês) da Mongólia Interior publicou uma proposta com diversas medidas reguladoras, que têm a intenção de ajudar a região a atingir os objetivos de economia de energia durante o 14º plano econômico de cinco anos do país, que vai de 2021 a 2025.

Como parte da tentativa de eliminar indústrias que consomem grande quantidade de energia, a proposta do governo planeja “fechar e desocupar todos os projetos de mineração de moedas digitais até o final de abril de 2021”.

Tendo em vista uma possível maneira de acelerar o processo de reestruturação de indústrias com alto consumo de energia, o projeto tem como objetivo “controlar devidamente a escala de desenvolvimento de centros de dados e proibir a construção de qualquer nova fazenda de mineração de moedas digitais”.

Atrás somente das províncias de Sichuan e Xinjiang, a Região Autônoma da Mongólia Interior é a terceira maior região chinesa que serve como lar para fazendas de mineração cripto, as quais dependem de usinas fósseis locais.

O período de consulta pública vai até a próxima quarta-feira (3) e resta saber se a DRC da Mongólia Interior irá modificar a proposta em torno da mineração cripto. 

A DRC da Mongólia Interior é uma extensão local da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês) – o órgão de planejamento financeiro de mais alto nível no país e um dos 21 ministérios que formam o Conselho do Estado. 

Em 2019, quando a NDRC quis atualizar sua orientação macro na reorganização industrial, ela havia adicionado inicialmente, em um projeto de proposta, mineradoras cripto ao grupo de indústrias que deveriam ser eliminadas.

No entanto, meses após uma consulta pública, a agência decidiu remover mineradoras cripto da categoria de indústrias a serem eliminadas das orientações finais de reorganização. 

Essa não é a primeira vez que o governo da Mongólia Interior está tentando limitar atividades de mineração cripto. Em agosto de 2020, o governo removeu os benefícios de eletricidade de 21 fazendas de mineração cripto, incluindo as que pertencem aos fabricantes de máquinas de mineração cripto, Bitmain e Ebang.

Tal decisão é diferente da abordagem escolhida pelas contrapartes da província de Sichuan.

Desde o ano passado, o governo de Sichuan tem estabelecido diversos parques industriais sancionados pelo estado, onde fazendas de mineração cripto podem operar em um ambiente regulado pelo governo, para ajudar no consumo de energia hidrelétrica excedente que, caso contrário, seria desperdiçada.

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