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Em safra dita etanoleira, arbitragem a favor do açúcar em NY já está ganhando

29 jun 2022, 15:37 - atualizado em 29 jun 2022, 15:45
Colheita de cana-de-açúcar
Safra de cana vai entrando na normalidade no Centro-Sul (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Nas últimas semanas o etanol hidratado já vinha remunerando menos que o açúcar em Nova York. Desde segunda, aumentou mais ainda.

A continuar, olha lá se as usinas não vão tirar o pé do biocombustível, se não invertendo a expectativa de um mix mais alcooleiro para 22/23 – ou quebrando mais a produção prevista – levando a arbitragem a favorecer a commodity.

Nas contas de Maurício Muruci, da Safras & Mercado, o biocombustível esteve até ontem em menos 7,93% na usina contra o adoçante cotado na bolsa de commodities americana. Nas distribuidoras, também as reduções acumuladas entre segunda e terça foram a quase 4%.

Até a média da semana passada, figurava entre 1% e 1,5%, mesmo com a alta semanal na porta de fábrica de 1,75%, pelo levantamento do Cepea, aproveitando a menor disponibilidade das distribuidoras depois de muita liquidação na cadeia em dias seguidos, apesar da paralisação dos negócios quando foi promulgada a lei do ICMS igual até 17% para todos os estados.

O aumento da gasolina pela Petrobras (PETR4) também fortaleceu os preços na origem.

A Unica, entidade dos usineiros do Centro-Sul, registrou aumento da produção do hidratado na 1ª quinzena de junho, mas com queda no acumulado da safra, porém queda maior ainda na produção do açúcar, acima de 23%.

A cana de início de ciclo veio muito judiada pela seca e geadas de 2021, inclusive de pior qualidade, contribuindo decisivamente para volume menor de moagem no primeiro terço da temporada, porém Ricardo Pinto, da RPA Consultoria, acredita que agora vai haver um balanceamento melhor.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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