Biocombustível

Etanol: safra corrida encheu os tanques das usinas, mas recuo ajuda na competitividade

10 ago 2020, 8:59 - atualizado em 10 ago 2020, 9:37
Cana de Açucar
Produção de etanol segue forte e estoques das usinas cresceram (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O recuo do etanol na usina na semana passada não é negativo para os produtores, apesar de ter como fundamento o aumento da oferta sendo pressionada pelas distribuidoras.

Ao perder 1,09% pela ponderação do Cepea/Esalq, com o litro abrindo esta segunda (10) a R$ 1,6735 (livre de impostos e frete) em São Paulo, assegura a competitividade do hidratado, evitando novos repasses às bombas, afirma Martinho Ono, CEO da SCA Trading.

O produto vinha de quatro semanas seguidas de alta e, mesmo mantendo o consumo em crescimento, uma outra rodada de elevação na indústria poderia tirar um pouco do fôlego caso a Petrobras (PETR3; PETR4) não renove aumento da gasolina na refinaria, apesar do petróleo chagando aos US$ 44,80, em mais 0,86% ao redor das 9hs (Brasília).                  .

Ono destaca ainda que a safra acelerada, sob tempo bom e qualidade alta da cana, deixou muitas unidades do Centro-Sul com a “tancagem quase no limite”. E tiveram que oferecer o etanol mais barato para desovar, o que não significa tendência, uma vez que a capacidade de estocagem das unidades é sabidamente baixa.

E com uma safra que deve findar em no máximo 2,5 meses, de acordo com o consultor Ricardo Pinto, da RPA, o movimento de reajuste nos preços do etanol deve ser retomado.

As distribuidoras ficarão premidas pela oferta escasseando, mesmo que pouco ou quase nada de açúcar está em produção até o final da colheita e processamento, após bom período de fabricação priorizada pelos preços proporcionados pelo dólar.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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