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Ex-desenvolvedor da Monero é preso por acusações de fraude

03 ago 2021, 12:36 - atualizado em 03 ago 2021, 12:36
Justiça
O acusado, Riccardo Spagni, deverá enfrentar uma audiência na próxima quinta-feira (5) sobre sua prisão preventiva nos Estados Unidos (Imagem: Freepik/wirestock)

Riccardo Spagni, ex-mantenedor do projeto para a moeda de privacidade Monero (XMR) e cofundador do projeto de identidades na internet Yat, foi detido por autoridades dos Estados Unidos e enfrenta processo de extradição para a África do Sul após alegações de fraude. 

Documentos do tribunal preenchidos em 21 de julho alegam que Spagni cometeu fraude no pagamento de faturas durante o período em que trabalhou como gerente de tecnologia da informação para a empresa sul-africana Cape Cookies.

“A evidência que indica que SPAGNI se envolveu nessas fraudes consiste em relatos de testemunhas e registros bancários. Essa evidência indica que SPAGNI recebeu 1.453.561,47 randes (moeda sul-africana), cerca de US$ 99.185, como resultado de suas tentativas de fraudar a Cape Cookies”, consta no documento, que acrescenta: 

SPAGNI foi acusado no Tribunal Regional do Cabo Ocidental, na Cidade do Cabo, por fraude e por outras acusações decorrentes desses fatos. Ele se declarou inocente das acusações, e o julgamento contra ele foi iniciado.

Foi apresentada evidência contra ele, mas SPAGNI não compareceu ao tribunal. Autoridades sul-africanas tentaram localizar SPAGNI em seu endereço residencial e por meio de contatos de seus amigos e familiares, mas sem sucesso.

Outra investigação revelou que SPAGNI fugiu da África do Sul. O tribunal emitiu um mandado de prisão para SPAGNI em 19 de abril de 2021.

Spagni está atualmente detido pelo Serviço de Delegados dos Estados Unidos. Nos documentos do tribunal, oficiais exigiram que ele continue detido após sua prisão no dia 21 de julho, declarando que Spagni poderia fugir dos Estados Unidos.

Ele foi preso na cidade americana de Nashville, em uma parada para reabastecer o combustível, quando estava a caminho de Los Cabos, no México.

O Serviço da Polícia Sul-africana emitiu uma nota pública em 30 de abril. Segundo o comunicado, Spagni “não atendeu duas vezes para seu comparecimento ao tribunal e todos os esforços do oficial de investigações para estabelecer a localização do acusado foram inúteis.”

O portal de notícias Cointelegraph foi o primeiro a anunciar a notícia. 

Em uma resposta de 31 de julho aos documentos governamentais, os representantes legais de Spagni disseram que o governo dos Estados Unidos “declarou incorretamente ambos os fatos e a lei aplicável nesse assunto.”

“Durante a década em que a África do Sul investigou, acusou, retirou as acusações, investigou novamente e reacusou um caso fatalmente errado contra ele, Spagni regularmente e rotineiramente compareceu ao tribunal sul-africano e se comunicou com as autoridades de lá, tanto com relação a seu caso e como para outros assuntos legais, para os quais a África do Sul solicitou sua assistência”, afirma o documento datado de 31 de julho. 

Em uma mensagem compartilhada em seu Twitter por meio de sua esposa, Spagni disse:

Infelizmente, devido a desentendimentos com relação à definição de datas para o tribunal sobre um velho assunto, o qual tenho tentado resolver continuamente desde 2011, estou detido por desacato ao tribunal e, atualmente, aguardando a extradição.

Espero resolver esse mal-entendido rapidamente. Enquanto isso, meus assuntos corporativos continuarão sob a liderança de meus parceiros.

Segundo uma ordem do tribunal emitida em 2 de agosto, uma audiência sobre a prisão preventiva de Spagni será realizada na próxima quinta-feira (5).

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